O intervalo para a dose de reforço contra a Covid-19 será reduzido de cinco para quatro meses. Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que anunciou a medida, ontem (18), o objetivo é ampliar a proteção contra a variante Ômicron. A portaria com a modificação deve ser publicada no Diário Oficial da União da segunda-feira (20). O anúncio ocorreu depois que a Câmara Técnica da Secretaria de Enfrentamento à Covid-19 do governo realizou um estudo sobre a modificação.
Na Inglaterra, pesquisadores da Universidade de Oxford, separaram dois grupos que haviam recebido as duas doses da vacina contra a doença: um de 18 a 60 anos e outro com maiores de 60 anos, em Salvador e São Paulo. A dose de reforço foi aplicada 28 dias depois.
As vacinas da AstraZeneca, Janssen e Pfizer induziram anticorpos em adultos e idosos. Já a Coronavac induziu anticorpos em adultos e em 2/3 dos idosos. O imunizante do Instituto Butantan aumentou os anticorpos em sete vezes; o da Janssen, 61; o da AstraZeneca, 85; e o da Pfizer, 175 vezes.
“A dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, em especial em grupos de risco”, escreveu nas redes sociais.
Mais cedo, Queiroga disse também que o governo federal só iria decidir sobre a vacinação contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos em 5 de janeiro. Segundo ele, uma audiência pública para discutir o assunto vai acontecer no dia 4 do mesmo mês.
Queiroga afirmou que a Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 irá divulgar um documento técnico em 22 de dezembro, que depois, vai ser colocado para consulta pública.