Jovens mortos em lagoa de Simões Filho fugiam de suposto policial, diz testemunha

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        Herbert Lean. Foto: Reprodução/TV Bahia.

Os dois jovens encontrados mortos em uma lagoa de Simões Filho, cidade da Região Metropolitana de Salvador, nesta sexta-feira (30) mergulharam no local com mais três amigos para fugir das ameaças de um suposto policial reformado. É o que conta Herbert Lean, um dos dois jovens que conseguiram nadar até a outra margem da lagoa. Uma vítima ainda está desaparecida.

Conforme Herbert Lean ao G1, eles tomavam banho na lagoa na tarde de quinta-feira (29), quando resolveram pegar coco em coqueiros que ficam do lado de fora de um terreno próximo à lagoa. “O dono saiu da casa com uma arma, apontou para a gente, disse que quem não soubesse nadar ia morrer e atirou”, conta o jovem.

Hebert Lean diz que eles se assustaram com as ameaças e se jogaram na água. Ele e o amigo Wellington conseguiram nadar até o outro lado e fugiram, mas os outros três acabaram se afogando.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a procura foi iniciada no local, que é conhecido como “prainha”, após a denúncia do desaparecimento dos jovens, no final da tarde de quinta (29), e encerrada às 17h. Na manhã desta sexta-feira (30), as buscas foram retomadas.

O primeiro corpo encontrado pela equipe de salva-vidas dos bombeiros foi o de Iuri Silva dos Santos, 20, no inicio da tarde desta sexta. O corpo de Kleiton Sade Almeida, que faria 19 anos nesta sexta, foi achado por volta das 15h. As buscas pelo corpo do terceiro jovem serão retomadas neste sábado (31). “Dói a perda, a separação, mas é isso mesmo. Agradeço a Deus por ter encontrado o corpo dele”, desabafa Damiana Silva Dos Santos, mãe de Yuri.

A equipe de reportagem tentou falar com o dono da casa, mas ele não foi encontrado. Policiais Militares faziam a segurança da residência e homens estavam retirando móveis do local, mas não quiseram dar entrevista. Em nota, a PM diz que vai apurar a denúncia de que um policial reformado tenha envolvimento no caso, mas é preciso que testemunhas denunciem a situação à corregedoria. A delegacia de Simões Filho está investigando o caso.

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