Mãe acusa Hospital da Mulher de negligencia médica em Feira de Santana

Cássia Bispo dos Santos Almeida, mãe de uma criança com alguns dias de nascida, denunciou o Hospital da Mulher em Feira de Santana, por um ferimento causado em seu filho no momento do parto cesárea no último dia 1º. A puérpera alega que só se deu conta do acontecido após chegar em casa e se deparara com o ferimento atrás da orelha do recém-nascido.

Segundo Cássia Bispo, ao chegar em casa e sentar para amamentar a criança viu uma secreção atrás da orelha do filho. “No hospital ele chorava muito e eu como tinha que amamentar e ainda estava cheia de pontos não observei, porém, ainda no hospital, as pessoas questionavam porque ele chorava tanto e sacudia muito a cabecinha, eu como mãe de primeira viagem não me atentei em olhar ele todo, até porque no hospital ele estava sendo acompanhado com pediatra, enfermeiras, pessoas que davam banho e ninguém me falou nada”, relata.

Ainda segundo a mãe da criança, ao retornar ao hospital dia 04/11, foi chamado um médico-cirurgião chamado Bruno, que falou que se tivesse visto a lesão antes poderia dar um ponto, mas como já tinha dias não dava mais, porém ia passar uma pomada para colar. “Já a pediatra falou que se fosse má formação a criança nasceria com a orelha dobrada e o que aconteceu com meu filho foi um corte atrás da orelha”, afirma.

Para a diretora médica e obstetra do Hospital da Mulher, Andrea Alencar, O que aconteceu do ponto de vista médico com a criança é que não tenha sido acidente durante o parto, até porque foi uma cesariana e não um parto normal para que tivesse usado algum instrumental que pudesse justificar uma lesão por trás da orelha. “Se fosse ter um acidente, que não é impossível acontecer, principalmente em um parto realizado de forma rápida, numa emergência, seria na parte anterior da orelha, na parte da cartilagem é impossível durante uma cesariana haver um corte por trás do pavilhão auricular como mostra na foto, até porque uma característica de um corte por incisão é o sangramento e em nenhum momento essa mãe visualizou o sangramento no pós-parto, em casa ou aqui e muito menos a equipe de pediatras”, destaca.

“O exame físico realizado ao nascer da criança é auscultar coração, pulmão, exame dos membros, não sendo rotineiro avaliar por trás das orelhas e isso na minha opinião, pois não sou médica pediatra, é o que justifica não ter se observado essa lesão”, pondera Andrea Alencar.

A diretora médica do Hospital falou ainda que quando essa criança retornou a unidade sexta-feira passada (04), o médico pediatra que o atendeu chamou o cirurgião de plantão e ambos observaram que não havia sangramento e que já tinha área de fibrina de tecido cicatricial na região, por isso, não tinha indicação de sutura. “Em nenhum momento foi levantada a hipótese de ter sido trauma durante o parto, até porque como já falei aqui, o local que ocorre essa abertura por trás da orelha não seria um local acessível ao bisturi passar e ter um corte. Dois pediatras e um cirurgião pediatra avaliou a criança e em nenhum momento foi confirmada ou levantada a hipótese de corte com bisturi”. Finaliza.

Com informações: Carlos Valadares

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