Mariposas infestam cidades no sul da Bahia

Insetos invadiram Teixeira de Freitas. Foto: Kátia Pertersen/TV Santa Cruz.
Insetos invadiram Teixeira de Freitas. Foto: Kátia Pertersen/TV Santa Cruz.
Insetos invadiram Teixeira de Freitas. Foto: Kátia Pertersen/TV Santa Cruz.
Insetos invadiram Teixeira de Freitas. Foto: Kátia Pertersen/TV Santa Cruz.

Uma infestação de mariposas está afetando os municípios de Caravelas, Teixeira de Freitas, Itamaraju e Prado, no sul baiano. Conforme o secretário de Meio Ambiente de Caravelas, Fábio Negrão, a infestação no município começou há cinco dias. “Está em praças, postes, igrejas e muros estão cheios. A incidência delas [mariposas] está, principalmente, na Rua 7 de Setembro e Centro Histórico da cidade”, informa.

Negrão disse que um encontro entre órgãos municipais vai ser realizado nesta quinta-feira (17) para decidir quais ações serão adotadas para combater a praga. “Medidas serão tomadas após diagnóstico da cadeia alimentar. Estamos com suspeitas de que a supressão da vegetação para plantios de outras culturas e pastagens em larga escala pode estar diminuindo a oferta de alimentos e a quantidade de predadores naturais que fazem com que a praga migre para a cidade”, detalha o secretário de Caravelas.

Em Teixeira de Freitas, Arnaldo Ribeiro, secretário de Meio Ambiente, pontua que o problema iniciou há cerca de 15 dias. “Entramos em contato com Ibama. Eles enviaram técnicos para dar treinamento de combate da praga [de lavoura] através de armadilhas feitas com melaço de cana e óleo diesel”, afirma. O combate começou na noite desta quarta-feira (16) e seguirá até sexta-feira (18). Os focos do inseto estão concentrados no estádio municipal, onde há uma incidência maior de luz.

Em Prado, a invasão começou no fim de julho. Conforme a secretária de Meio Ambiente do município, Benedita Barreto, nunca tinha ocorrido algo do tipo na cidade. “São tantas mariposas que elas chegam a atrapalhar alguns comerciantes da cidade”, relatou a secretária na época. A escola municipal Perolina Mascarenhas precisou passar por dedetização e, por conta disso, as aulas foram canceladas.

De acordo com a secretária de Prado, os insetos surgiram devido a um desequilíbrio ecológico que ainda está sendo estudado. Uma das possíveis causas é a monocultura do eucalipto na região. Mas as empresas de papel e celulose que atuam na área afirmam que o combate às lagartas pardas é realizado com a orientação de órgãos competentes, como a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). O produto usado no combate é biológico, não prejudica a saúde humana e não afeta a biodiversidade.

A praga de mariposas também deixou intrigadas as autoridades de Itamaraju. Em determinados locais, a concentração dos insetos é tanta, que chega a cobrir o chão. No município inda não se sabe o motivo para a infestação repentina. A secretária municipal de Saúde, Gilma Teixeira, disse que as mariposas, em grande quantidade, começaram a surgir há cerca de 40 dias. “Elas começaram em alguns pontos específicos, principalmente onde há luzes fluorescentes”, pontua.

Ela disse que a administração municipal fez a borrifação de veneno e limpeza dos muros dos imóveis, conseguindo conter as mariposas, mas que elas voltaram. “Além do veneno, mandamos lavar todas as paredes de prédios públicos. Pedimos que os donos de imóveis particulares fizessem o mesmo. Mas há uns quatro ou cinco dias, as mariposas voltaram com tudo”, revela Gilma.

Com relação às causas da infestação, a secretária de Itamaraju afirma ainda não saber a causa. “Algumas pessoas têm dito que é desequilíbrio ambiental, outras dizem que é por causa de medicamento que jogaram nos eucaliptos, mas ainda não sabemos as causas de fato”, conta. Gilma ainda destaca que será realizada uma nova borrifação de veneno e limpeza dos locais onde há grande concentração das mariposas.

Com informações do G1.

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