Medicamentos biológicos trazem qualidade de vida aos pacientes com artrite reumatoide

Foto: Reprodução
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A Artrite Reumatoide (AR), doença inflamatória crônica e autoimune que pode afetar várias articulações, já atinge dois milhões de brasileiros, com predominância em mulheres entre 35 e 45 anos. Apesar de não ter cura, existem possibilidades de tratamento que melhoram consideravelmente a qualidade de vida do paciente, como por exemplo, os medicamentos biológicos.

“A artrite reumatoide é uma doença crônica, inflamatória cuja principal característica é a inflamação das juntas (articulações). Pode iniciar com apenas uma ou poucas articulações inchadas (edemaciadas), principalmente das mãos e/ou dos pés, quentes e dolorosas, geralmente acompanhada de rigidez para movimentá-las. Isso acontece principalmente pela manhã e pode durar horas até melhorar. A doença se desenvolve de maneira lenta e normalmente simétrica”, explica a Dra. Arcangela Valle, diretora médica da UCB Biopharma.
Segundo a médica, quando não tratada corretamente, a AR pode gerar incapacidade funcional, comprometendo as atividades físicas de forma geral, inclusive a produtividade no trabalho. “Ao identificar o desconforto, muitas vezes, o paciente acredita ser porque teve um dia com mais esforço ou situações similares, fazendo com que não busque ajuda médica”, observa a Dra. Arcangela.

Se um indivíduo apresentar dores contínuas nas articulações é hora de procurar um profissional. O diagnóstico é clínico, mas existem alguns exames de laboratório que dão suporte para detectar a doença, tais como os de sangue e imagem: radiografias e ultrassom.

O diagnóstico precoce na fase inicial e o imediato tratamento adequado são fatores determinantes, principalmente, para que o indivíduo não tenha danos articulares, o que significa suas juntas não funcionarem mais, ou o surgimento de deformidades que, uma vez instaladas, são definitivas. Segundo a Dra. Arcangela, o melhor especialista para tratar esse tipo de dor nas articulações é o reumatologista.

Ainda segundo a médica, o papel do reumatologista na avaliação e no tratamento dos pacientes com artrite reumatoide é essencial, já que esse profissional é o mais familiarizado com a identificação da doença e com os medicamentos atualmente disponíveis.

“Uma vez detectada, a doença é tratada caso a caso, sempre com o uso de medicamentos imunossupressores, imunomodeladores ou imunobiológicos. Especialmente os biológicos bloqueiam os alvos inflamatórios, principalmente dentro da articulação”, diz a diretora médica. A terapia biológica é considerada hoje uma das principais formas de romper a cadeia inflamatória da AR. Com esse tipo de medicamento há um controle e uma melhora significativa dos sintomas, permitindo que o paciente, em geral, consiga exercer as atividades diárias normalmente.

Porém, ainda existem algumas questões não respondidas em relação ao tratamento terapêutico biológico, o que justifica a continuidade de investimento em estudos clínicos. Exemplo recente é o Exxelerate, primeiro estudo global que muda as perspectivas de tratamento do paciente dessa doença. No estudo foram comparados dois medicamentos biológicos da classe dos anti-TNFs para AR e o resultado é que ambos apresentaram a mesma segurança e eficácia.

Neste estudo, pela primeira vez constatado, um tratamento pode ser trocado rapidamente por outro sem um período de wash-out (tempo para eliminar do organismo a substância da terapia anterior). “O Exxelerate fornece importantes informações que ajudarão nas estratégias de tratamento de pacientes, particularmente no que se refere ao melhor entendimento de possíveis indicadores de resposta a cada uma das opções terapêuticas, a ajudar a traçar um perfil de pacientes que responde melhor a um determinado tratamento versus outro, a fornecer informações particularmente no que se refere a substituição de uma medicação por outra. A pesquisa também contribuirá com médicos e entidades públicas e privadas na decisão de estratégias de tratamento para AR”, finaliza a Dra. Arcangela Valle.

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