O Ministério Público do Trabalho (MPT) vai apurar a denúncia de coação de trabalhadores na Apaeb – Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira. Um inquérito civil foi instaurado pelo MPT para apurar o caso, além de outras denúncias.
O inquérito vai investigar ainda a prática de colusão, espécie de acordo secreto firmado entre as partes, que fingem demandar ou litigar, com o intuito de enganar o juiz e prejudicar a terceiros.
O site Olá Bahia conversou, nesta sexta-feira (1), com o gerente de produção da fábrica de tapetes e carpetes da Apaeb, Juciano Santos de Oliveira. Ele coordena a unidade de Valente, com 260 funcionários.
Juciano Santos afirmou que desconhecia a instauração do procedimento pelo MPT, assim como a prática de coação sobre funcionários da unidade da Apaeb.
Sindicato
“Estou na unidade há pelo menos 20 anos. Jamais tive conhecimento de qualquer prática dessa natureza. Essa informação de que o Ministério Público do Trabalho vai a apurar esse tipo de denúncia nos pegou de surpresa”, disse Juciano Santos.
O gerente da unidade da Apeab suspeita que essa denúncia tenha sido formulada pelo sindicato da categoria, uma vez que boa parte dos funcionários são filhos de sócios. “Isso deve ser coisa de sindicato. Com essa nova legislação, eles perderam a força e buscam direitos que não encontram abrigo nem nos acordos coletivos muito menos na CLT”, acredita.
A unidade da Apaeb em Valente conta com 260 funcionários. Ela processa, segundo Juciano Santos, cerca de 400 toneladas de sisal. Metade da produção segue para o comércio externo, quanto os outros 50% comercializado no Brasil.
