Ministério Público investiga caso de racismo em rede social

Cópia da postagem feita no Facebook. Imagem: Reprodução.
Cópia da postagem feita no Facebook. Imagem: Reprodução.
Cópia da postagem feita no Facebook. Imagem: Reprodução.

Uma usuária de perfil no Facebook que divulgou mensagens ofensivas a negros e baianos é investigada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) sob suspeita de racismo. A internauta publicou na rede social que o atentado terrorista, que matou 22 pessoas na última segunda-feira (22), na Inglaterra, deveria ser realizado na Bahia. Ela se referiu aos baianos com os termos “gente nojenta e escurinha”.

A apuração será liderada pela promotora Lívia Vaz, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação. “O MP tem o print (cópia) da postagem e a URL (endereço digital) da página. Vamos chegar ao criminoso e processá-lo por crime de racismo”, explica a promotora ao portal A Tarde.

Se comprovada a ofensa, a usuária pode pegar de dois a cinco anos de prisão. O crime, supostamente cometido pela internauta no Facebook, entra para a estatística do registro de 1.422 denúncias de ofensas virtuais a populações específicas.

Ocorrências

Os dados, referentes ao ano de 2016, foram contabilizados pela associação de denúncias a crimes digitais Safernet. “A associação possui uma central que possibilita ao internauta denunciar sites ou algum comentário ofensivo”, explica a coordenadora do Safernet Brasil, Juliana Cunha.

Embora publicações ofensivas causem indignação, a coordenadora recomenda que o usuário denuncie ao invés de compartilhar na internet. “O compartilhamento do conteúdo pode favorecer o criminoso”, alerta Cunha. Imagens, vídeos, textos, músicas ou qualquer tipo de material podem ser denunciados no portal: new.safernet.org.br.

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