Ministro do STJ manda internar João de Deus

Acusado de crimses sexuais, João de Deus está preso desde dezembro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Acusado de crimses sexuais, João de Deus está preso desde dezembro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A decisão atende a um pedido da defesa do médium (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nefi Cordeiro determinou que João de Deus seja internado, nesta quinta-feira (21). Segundo a decisão, a internação seria por um período inicial de quatro semanas no Instituto de Neurologia de Goiânia ou outra unidade próxima que atenda à complexidade do paciente.

A decisão atende a um pedido da defesa do médium, que está preso há mais de três meses e é réu em processos de abuso sexual de mulheres que o procuravam para tratamento espiritual. Ele sempre negou os crimes. O pedido da defesa afirma que o médium tem “um aneurisma da aorta abdominal com dissecção e alto risco de ruptura sendo necessário o controle adequado da pressão arterial”.
O habeas corpus também informa que “a unidade prisional em que ele se encontra não dispõe de médicos suficientes para acompanharem todos os presos e que a medicação administrada ao paciente é inapropriada”.
Atendendo ao pedido da defesa, o ministro disse que “não se faz agora a valoração como certa da incapacidade de tratamento regular pelo Estado, mas se admite a existência de prova indicadora de graves riscos atuais”. Também ficou determinado que João de Deus pague pelo tratamento. Advogado que representa o médium, Alberto Toron informou à TV Anhanguera que ainda não há data prevista para a transferência do cliente dele, mas que é provável que ocorra até esta sexta-feira (22).
A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou, por nota, que ainda não foi notificada da decisão, mas que assim que for acionada cumprirá conforme determinado. A decisão do ministro informa que, para evitar possibilidade de fuga, o médium precisa ser acompanhado por escolta policial no hospital ou usar tornozeleira para monitoramento eletrônico.
Também de acordo com o documento, o próprio médico que o acompanhar precisa informar sobre qualquer sinal de melhora do paciente que permita que o tratamento continue na prisão.

Outras Notícias