Ministro pede paciência com plano de concessões

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Responsável pela coordenação do programa de concessões, o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Wellington Moreira Franco, pede calma diante das dificuldades iniciais dos leilões. “Temos de andar devagar para ir depressa”, disse. Apesar da prioridade que lhe foi conferida, o próprio programa ainda não foi oficialmente lançado.

A expectativa é que isso ocorra em meados deste mês. Só então haverá uma reunião do conselho do PPI que vai decidir sobre o rumo dos projetos já em andamento. Lançadas pela equipe da presidente afastada Dilma Rousseff, elas comporão a carteira do programa do presidente em exercício e Temer. Segundo informações da área técnica, não devem ser anunciados empreendimentos novos, ao menos nessa primeira etapa. Outro ponto fundamental – o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no financiamento das concessões – tampouco está definido. Moreira já teve uma primeira conversa com a presidente da instituição, Maria Silvia Bastos Marques, que tomou posse na última quarta-feira.

“É fundamental definir com muita clareza a natureza da nossa parceria, o papel de cada um”, disse Moreira Franco. Uma nova conversa está programada para a próxima segunda-feira. Para especialistas, os obstáculos não surpreendem. “Efetivamente ainda não foi apresentado nada de novo até agora, e as dificuldades que existem são, basicamente, as mesmas do passado. Estão faltando ações concretas”, avalia Carlos Campos, economista e coordenador da área de infraestrutura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Remanescem incertezas como os juros altos, a retração da demanda no País, o financiamento aos empreendimentos e a instabilidade na regulação. (Estadão Conteúdo)

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