Morre a atriz Márcia Cabrita, após luta contra câncer

Márcia Cabrita tinha 53 anos. Foto: Christian Rodrigues
Márcia Cabrita tinha 53 anos. Foto: Christian Rodrigues
                                     Márcia Cabrita lutava contra um câncer no ovário. Foto: Christian Rodrigues

Morreu, na madrugada desta sexta-feira (10), aos 53 anos, a atriz e humorista carioca Márcia Cabrita. Ela lutava contra um câncer no ovário diagnosticado em 2010. Segundo o ex-marido, Ricardo Parente, que também é pai da filha da artista, a artista estava internada há dez dias no Hospital Quinta D’Or, no Rio de Janeiro. A internação ocorreu devido ao agravamento da doença. Parente disse ainda que a atriz “foi em paz” e sem sofrer.

A humorista, que ficou famosa ao integrar o programa “Sai de Baixo”, da TV Globo, se afastou da novela “Novo Mundo” há três meses para cuidar da saúde. A atriz e também humorista Cacau Protasio usou o Instagram para se despedir de Márcia Cabrita.

“Amiga Vai com Deus, eu tive o prazer, à alegria, a sorte de trabalhar, conviver, contracenar com você, eu amo você, o céu está em festa, pois está recebendo o anjo mais lindo, você fará muita falta, nos encontramos no céu”, escreve Cacau.

A luta contra o câncer não fez a artista parar de trabalhar. No ano seguinte ao diagnóstico, ela atuou na novela “Morde & Assopra”, também da Globo. Em anos recentes, a atriz participou de humorísticos do canal Multishow, como “Vai que cola” e “Treme, treme”.

Filha de imigrantes portugueses, Márcia Martins Alves nasceu em Niterói, no estado do Rio, em 20 de janeiro de 1964. Ao estudar artes cênicas, conheceu Luís Salem, seu parceiro durante toda a carreira. Com ele, a artista fez uma peça infantil produzida por Aloísio Abreu, outro com quem sempre trabalhou.

Juntos, os três montaram o espetáculo “Subversões”, encenado no antigo Crepúsculo de Cubatão, em Copacabana. Na trilha sonora, paródias de hits como “Meu nome é Creuza”, versão de “Como uma deusa”, de Rosana, que acabou fazendo sucesso.

A primeira aparição da atriz na TV foi em 1992, na minissérie “As noivas de Copacabana”, de Dias Gomes. Fez ainda “Sete pecados” (2007), “Beleza pura” (2008) e “Morde & assopra” (2011).

Em texto como colunista convidada para Revista O Globo, publicado em 2011 – época em que alimentava o blog “Força na peruca”, sobre sua relação com o câncer, Márcia Cabrita criticou a cobrança sofrida por pessoas com a doença: “Ao contrário do que muitos fantasiam, não tirei de letra. Não sei o porquê, mas existe uma ideia estapafúrdia de que quem está com câncer tem que, pelo menos, parecer herói. Nãnãninã não! Quem recebe uma notícia dessas não consegue ter pensamentos belos. Bem… eu não conseguia. A cobrança de positividade acabou se tornando um problema. Me olhava no espelho branca, magrela e de cabelos curtinhos (antes de caírem) e me achava pronta para fazer figuração na Lista de Schindler”.

Com informações do site do jornal Extra.

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