Motorista de Aplicativo é absolvido de acusações de assaltos pelo TJBA

Foto: Carlos Valadares
Foto: Carlos Valadares

Após três anos lutando na justiça por liberdade, o motorista de aplicativo Jéfferson Bento Santana,preso na noite do dia 23 de setembro de 2021, foi absolvido pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA), na tarde da última terça-feira (31). Na época do crime, Jefersson chegou a passar 9 meses preso em regime fechado no Presidio Regional de Feira de Santana.

Jefferson, que foi acusado injustamente por praticar assaltos em Feira de Santana, falou para a reportagem do Página de Notícias que ficou em choque o receber a notícia de sua absolvição. “Eu fiquei em choque, mas muito feliz porque eu não esperava que o Dr. Marcos me ligasse ontem à noite. Eu nem consegui dormir de tão feliz que eu fiquei.

Ainda segundo Jefersson a lição que ele tirou durante esses três anos de sofrimento que você passou é de que devemos olhar com as pessoas com um olhar de empatia. “Vamos ter cautela no que fazer porque, se tivesse tido cautela naquela noite, eu não teria passado por tudo isso que eu passei. Nove meses preso injustamente. Mas não vou negar que a população me abraçou de uma forma absurda, que eu não esperava. E agora, vida que segue, livre de processo na justiça. Atualmente eu trabalho como motorista na Secretaria de Saúde e vida que segue, olha pra frente”, comemorou.

O advogado Marco Silva, que acompanha o caso de Jefferson, destacou que as acusações eram graves, mas as provas não indicavam a participação do cliente. O Ministério Público, concordando com a defesa, solicitou a liberdade de Jefferson por três vezes. No entanto, a juíza decidiu que ele tinha participação no crime. “A defesa demonstrou que não havia provas vinculando Jefferson ao delito, enfatizando que ele deveria ser tratado como vítima, assim como declarado pelas outras testemunhas”, destacou.

O advogado também informou que o próximo passo será buscar reparação junto ao Estado pelo tempo que Jefferson passou na prisão. “Tudo isso que aconteceu impactou diretamente na vida do cliente e de sua família, incluindo o filho que ficou sem o pai durante nove meses”, ressaltou.

Marco Silva mencionou o princípio da intranscendência no direito penal, indicando que a pena não deveria afetar a família do condenado. Quando questionado sobre possíveis falhas no processo, o advogado preferiu não apontá-las, concentrando-se na reversão da decisão e na demonstração da inocência de Jefferson.

Com informações: Carlos Valadares

Por: Mayara Silva

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