Mourão afirma que “Moro é um nome forte” para 2022

O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, posa para foto ao lado do general Mourão durante sua posse na presidência do Clube Militar, no centro do Rio de Janeiro, em junho de 2018 (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo
O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, posa para foto ao lado do general Mourão durante sua posse na presidência do Clube Militar, no centro do Rio de Janeiro, em junho de 2018 (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo

Em entrevista para a colunista do Globo Bela Megale, o vice-presidente da República Hamilton Mourão (PRTB) declarou que não tem certeza se estará com Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022, devido às incertezas do próprio presidente. Além disso, Mourão comenta sobre a terceira via. “É importante não ficar só entre a candidatura de Bolsonaro e Lula”, defende.

Na entrevista, Mourão aposta numa candidatura para o Senado, caso Bolsonaro não o convoque para a reeleição. O general da reserva do Exército natural do Rio Grande do Sul, também expõe que pode interromper a caminhada política e decidir por dedicar-se à família. “Não tenho a mínima pretensão de me candidatar ao governo do Rio. Para isso, eu teria que ter dez anos a menos e uma equipe ultra consistente. Não tenho isso”, completou.

Declarando-se como “novato na política”, revelou que Ciro Gomes (PDT) o convidou anteriormente para compor uma chapa presidencial visando o pleito de 2022. Mourão avalia que “não seria ético pular fora do PRTB agora, com o barco afundando”. Mais cedo no dia de hoje, 4, Ciro Gomes anunciou que está fora da disputa pelo Executivo federal no ano que vem.

Sobre o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, Hamilton Mourão o enxerga como um nome que pode prosperar na corrida eleitoral, mas que ainda “tem que empolgar a massa. Hoje, quem empolga as massas são Lula e Bolsonaro”, explicou a Bela Megale.

Apesar de suas dúvidas sobre o caminho político, Mourão também diz-se “à disposição” caso Bolsonaro decida pela reeleição. Afirma ainda que a relação com o chefe do Executivo brasileiro está “harmônica”. “Bolsonaro tem me dado funções de peso no âmbito da política externa. Na semana que vem, representarei o Brasil na posse do presidente eleito de Cabo Verde”, apresentou como exemplo da reaproximação dos dois.

Questionado sobre a falta de agendas robustas no G20, Mourão diz que prefere “acreditar que as reuniões bilaterais não aconteceram porque não foram propostas pelo governo brasileiro”. Jair Bolsonaro teve dificuldades de se relacionar com outras lideranças das maiores economias do mundo. Durante debates importantes, como o que levou à declaração do G20 na COP-26, esteve passeando por Roma, capital italiana.

Ao mesmo tempo, o vice-presidente avalia que sua gestão perdeu “muito tempo na reforma da previdência, mas não conseguimos fazer uma grande reforma”. Sobre o relatório final da CPI da Covid no Congresso Nacional, o general compreende que foi uma “forçação de barra chamar Bolsonaro de genocida”. Para ele, “o presidente fala muita coisa, mas não age como fala”, concluiu.

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