Movimento Vai Ter Gorda luta contra gordofobia e ressalta a autoestima

Tema Teodora e Maria França, duas das idealizadoras do Movimento Vai Ter Gorda
Foto: Núbia Passos
Tema Teodora e Maria França, duas das idealizadoras do Movimento Vai Ter Gorda Foto: Núbia Passos
Tema Teodora e Maria França, duas das idealizadoras do Movimento Vai Ter Gorda
Foto: Núbia Passos

Para lutar contra a gordofobia e aumentar a auto estimas das mulheres, algumas mulheres resolveram criam um movimento de autoafirmação. A inspiração de um movimento acontecido em Santos (SP), e a união de propósitos das fundadoras Adriana Santos, Iracema Muniz, Telma Teodora, Maria França e Suzana Fontoura fez nascer o “Vai Ter Gorda”. Telma e Maria, duas das integrantes do movimento Vai Ter Gorda, estiveram no programa Olá Bahia, na Popular FM, e falaram sobre os preconceitos enfrentados pelas mulheres gordas.

Maria França explica que o”título” de gorda é definido pela sociedade, que considera a mulher que veste a partir do número 44 já como gorda. “Já é considerada plus size. Eu sou turismóloga e, por exemplo, nos aeroportos  os fardamentos já tem os próprios fardamentos, então se a mulher vestir mais de 44 o fardamento já não entra ou fica muito justo”, explica Maria.

Sobre o procedimento bariátrico, Telma explicou que o movimento não é contra a cirurgia, mas desde que haja alguma doença associada e, que seja necessário o procedimento. “Eu fiz a cirurgia há 15 anos, porque tinha um problema no joelho causado pelo peso. Mas é uma cirurgia que tem que ser muito bem pensada, pois pode trazer outras complicações no futuro”, sinaliza.

As integrantes do Vai Ter Gorda salientaram a necessidade dos setores públicos em abordares questões sobre a obesidade e o sobrepeso. “Quando nós viajamos de avião encontramos muitas dificuldades nos espaços das cadeiras, tem muita gente que compra dois lugares, ou paga taxa extra por conta do peso”, conta Telma. Elas lembraram ainda dos preconceitos enfrentados, seja quando postam fotos em redes sociais, quando vão à praia de biquíni ou, simplesmente quando estão andando pelas ruas e recebem “piadinhas” pejorativas.

Maria ainda falou sobre as seleções de trabalho, em que as mulheres gordas, geralmente, ficam em desvantagem: “É como se mulher gorda não tivesse intelecto. Geralmente os selecionadores escolhem as mulheres magras”. Ela ainda falou sobre as dificuldades em Salvador, que segundo ela, o maior problema é a mobilidade. “A cidade não foi planejada, para colocar os degraus das calçadas no mesmo nível do degrau dos ônibus. Adriana semana passada teve dificuldades de subir no ônibus porque o degrau estava muito desnivelado. O metrô também não foi planejado pensando nas pessoas gordas. Eu acho que só tem um acento reservado. Se tiver duas pessoas gordas não conseguem sentar na mesma fila do banco”, alertou.

“Assuma sua obesidade, sua gordura, mas cuide de sua saúde e, tenham sempre autoestima”, esse foi o recado que Telma deixou para as mulheres. O movimento realiza várias ações afirmativas, participam e promovem palestras, audiências públicas e postam muitas mensagens de autoafirmação pelas redes sociais. Para saber mais sobre o movimento acesse instagram/vaitergorda.

 

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