O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentou denúncia contra André Felipe de Souza Alves Pereira, 22 anos. Ele foi preso por divulgar fotos nas mídias sociais dos cantores Marília Mendonça e Gabriel Diniz, mortos em acidentes de avião.
A denúncia, registrada nessa quarta-feira (26/4), partiu do Núcleo Especial de Combate a Crimes Cibernéticos (Ncyber). André Felipe está preso preventivamente desde que foi encontrado pela polícia, em Santa Maria, no Distrito Federal.
“Sendo figuras públicas, com uma legião de fãs, a divulgação das imagens não só gerou enorme comoção social como também insuflou a curiosidade mórbida de diversos usuários, o que fez aumentar o alcance das publicações para milhares de pessoas”, ressalta a denúncia.
Além do crime de vilipêndio a cadáver, André foi denunciado por divulgação de símbolos do nazismo, por racismo e xenofobia, devido ao compartilhamento nas mídias sociais, entre junho de 2022 e abril de 2023, de símbolos, emblemas, ornamentos ou distintivos com a cruz suástica.
Ele também é acusado de ter induzido e incitado discriminações e preconceito por raça ou etnia contra nordestinos, após chamá-los de “escória” e colocá-los como “problema do Brasil”. O criminoso também defendeu que moradores de estados do Nordeste fossem “colocados em campos de concentração”.
André Felipe também usou documento de identidade falso, atentou contra a segurança e o funcionamento de escolas, depois de divulgar na internet publicações com exaltações, homenagens e incentivos a novos atentados em colégios, em 20 de abril de 2023, mesma data em que, em 1999, ocorreu o Massacre de Columbine, nos Estados Unidos.
Em perfil no Twitter, ele fez postagens de cunho violento, com incentivo a assassinatos e com imagens de armas. A data de criação do perfil de André Felipe, o nome usado na rede social e as publicações indicaram, segundo o MPDFT, intuito de disseminar e ampliar o pânico instaurado.
André Felipe também foi denunciado por incitar crimes e concurso material de delitos. Somadas, as penas podem ir de 10 a 31 anos de prisão. O MPDFT também pediu a retirada do ar do perfil do investigado e de links de divulgação das imagens das vítimas.
Por Metropoles
