MP pede à Justiça que Daniel Alves siga em prisão preventiva

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Foto: YURI EDMUNDO/EFE

O Ministério Público de Barcelona se opôs a deixar em liberdade provisória o lateral-direito brasileiro Daniel Alves, conforme solicitado por sua defesa na semana passada, considerando que persiste o risco de o jogador tentar fugir da Justiça.

Segundo fontes do Ministério Público, a procuradora do caso apresentou um relatório ao Tribunal de Instruções de Barcelona número 15, no qual afirma que as circunstâncias não mudaram em relação a 20 de janeiro — quando Daniel Alves foi preso sob acusação de estuprar uma jovem na boate Sutton, em Barcelona — e que o risco de fuga permanece.

Depois de conhecer a posição das partes, a juíza de instrução deve agora decidir se acata o pedido da defesa do ex-jogador do Barcelona e o deixa em liberdade provisória, com as medidas cautelares que entender oportunas, resolução da qual cabe recurso perante o Tribunal de Barcelona.

Na semana passada, a defesa de Daniel pediu à magistrada que o investiga pelo suposto estupro que o deixe em liberdade provisória, se necessário mediante fiança, com base em laudo pericial sobre as imagens das câmeras de segurança da boate que garante o que inocenta.

Na petição, a defesa de Alves, liderada pelos advogados Cristóbal Martell e Arnau Xumetra, argumenta que essas imagens mostrariam que o jogador e a vítima estavam flertando antes dos fatos, dançando e bebendo juntos, e que ela entrou voluntariamente no banheiro, e o brasileiro foi logo depois.

Especificamente, os advogados argumentam que o laudo pericial de 200 páginas, que analisa as imagens quadro a quadro, desmente o “microcosmo de pânico e terror” relatado pela vítima e mostra que os 20 minutos que passaram juntos antes de entrar no banheiro “eram característicos de um flerte sexual”.

Eles também argumentam que as imagens registradas pelas câmeras de segurança privada contradizem o depoimento de duas amigas que acompanhavam a jovem, que explicaram à juíza que o jogador as abordou com evidente intenção sexual, a ponto de deixá-las incomodadas.

Daniel Alves apresentou seu pedido de liberdade após prestar depoimento pela segunda vez perante a juíza de instrução, desta vez a pedido do próprio, em audiência no último dia 17.

O lateral argumentou perante a magistrada que o sexo com a jovem foi consensual e que ele mentiu em sua primeira declaração para esconder sua infidelidade de sua esposa na época.

Em 21 de fevereiro, o Tribunal de Barcelona já havia rejeitado os mesmos argumentos apresentados pela defesa em seu recurso — baseado nas raízes e nas imagens das câmeras de segurança —, quando decidiu manter o jogador em prisão preventiva, por considerar que havia “alto” risco de fuga e que as provas que o acusam são “graves” e “diversas”.

Por R7

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