O Ministério Público da Bahia (MP-BA) recomendou ao município de Senhor do Bonfim que não promova ou coopere com a realização da “guerra de espadas”, prática onde os fogos de artifício, semelhantes a pequenos foguetes, são usados como espadas. Devido à proibição, um grupo protestou na cidade nessa sexta-feira (22).
A proibição da tradicional “guerra de espadas” já havia sido determinada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) em 2017, após ser considerado um pedido do MP-BA. Espadas chegaram a ser apreendidas com um grupo em Senhor do Bonfim, no ano passado, e algumas pessoas desafiaram a Justiça indo para rua com os fogos de artifícios.
Na recomendação deste ano, o MP disse, ainda, que a polícia local pode ser chamada para intervir e informou que quem for pego participando pode ser preso em flagrante e responder pelo crime previsto na Lei de combate à posse e comercialização de armas de fogo e munição.
A “guerra de espadas” é uma tradição que tem mais de 70 anos em Senhor do Bonfim. O secretário municipal de Cultura, Rodrigo Vanderlei, disse ao G1 que está tentando chegar a um acordo com o MP. “Nós estamos tomando algumas providências, dentro do judiciário, para garantir que a Lei que transforma a guerra de espada em patrimônio cultural e imaterial tenha validade e fazer com que a população possa ir às ruas com segurança, para fazer o brilho que a guerra de espadas tem”, afirma o secretário.
Foto de capa extraída do site Bonfim Notícias.
