MPT abre inquérito para apurar soterramento que deixou operário morto na Bahia

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu nesta terça-feira, 19, um inquérito civil para investigar as responsabilidades trabalhistas sobre o soterramento que terminou com um operário morto e dois feridos, na segunda, 18, durante a demolição de um galpão no Polo Industrial de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador

A vítima foi identificada como Ordiley Pereira Sodré, de 41 anos. Outras duas pessoas saíram do local com vida — uma foi resgatada por uma equipe do Corpo de Bombeiros e a outra conseguiu sair quando a estrutura colapsou. Elas foram socorridas e levadas para o Hospital Geral de Camaçari (HGC).

O MPT afirmou que busca informações sobre os responsáveis pelo imóvel e pela empresa que executava o serviço de demolição.

Informou ainda que deverá contar com informações dos órgãos que atuam no caso, como Departamento de Polícia Técnica (DPT), Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Instituto Médico Legal (IML) e a Superintendência Regional do Trabalho da Bahia (SRT-BA), órgão de fiscalização que em casos de acidentes fatais em ambientes de trabalho realiza perícia para verificar o cumprimento das normas regulamentadoras de saúde e segurança do trabalho específicas para cada tipo de atividade.
Soterramento

De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Camaçari, Ivanaldo Soares, no momento do acidente, os trabalhadores demoliam a área de uma antiga fábrica.

“Eles estavam fazendo a demolição dos pop shops, ou seja, dos galpões que são todos pré-moldados. E aí a máquina, pela posição que está, desabou por cima da [outra] máquina”, detalhou.

O Núcleo de Operações com cães do Corpo de Bombeiros realizou uma busca na área para verificar a existência de possíveis outras vítimas, o que foi descartado após a análise. O trabalho durou cerca de 10 horas.

A causa do desabamento ainda não foi identificada.

“A obra tinha alvará, mas estava vencido. A gente precisa saber se ele estava dando entrada para renovação do alvará e se era para demolição ou construção. Já solicitei que a Sedur venha aqui, mas o alvará está vencido desde dezembro do ano passado”, disse o coordenador da Defesa Civil do município, Ivanaldo Soares.

Por G1 Bahia

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