Musicistas do Neojiba se preparam para serem multiplicadores em núcleos da orquestra

Foto: Pedro Moraes/GOVBA
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Uma aula diferente para o grupo de musicistas do Neojiba (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia), foi realizada na última terça-feira (7), no Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador. Desde segunda-feira (6), o grupo de cerca de 40 alunos passou pelo aprendizado para se tornarem professores. Eles participam do Programa de Orquestra e Coral com Monitoria Supervisionada (Proms) e estão se preparando para se tornar multiplicadores dos projetos do Neojiba, atuando nos dez núcleos espalhados pelo estado. A proposta que surgiu este ano consiste em oficinas sobre o ensino musical coletivo, mas também uma formação social para lidar com as turmas, localizadas em comunidades em situação de vulnerabilidade.

No segundo dia de aula, eles tiveram uma preparação especial sobre regência, encerrando o ciclo da primeira edição do Proms, que também inclui oficinas de Composição e Arranjo, Metodologia em Educação Musical, além de treinamento em Solfejo. Cada oficina tem uma hora e meia de duração e é realizada durante os recessos da Orquestra Juvenil da Bahia. Além disso, o programa inclui um Estágio de Observação, no qual um monitor assiste à aula do outro e produz um relatório com suas opiniões sobre a metodologia utilizada pelo colega. Uma formação completa para os novos monitores.

De acordo com o coordenador pedagógico do Neojiba, Fabien Lerat, a formação recebe um foco especial no desenvolvimento social dos monitores, pensando nas ações que os núcleos desenvolvem, apoiadas pelo Governo do Estado. “Esse é um programa pensado para preparar os músicos para os desafios pedagógicos que encontrarão nos diferentes núcleos. Acreditamos na música como ferramenta de transformação social e que pode mudar a vida das pessoas, e nosso público-alvo é o conjunto de pessoas que precisam de atenção especial. Por isso o esforço nesse sentido. O conhecimento dessas pessoas precisa ser compartilhado e não há melhor forma de fazer isso, senão através do trabalho nos núcleos”, contou Fabien.

Trompista do Neojiba, Uriel Borges, reconhece a importância de projetos sociais na vida de jovens de comunidades carentes de Salvador. Ele, que começou tocando flauta doce em um projeto de uma igreja, e continuou os estudos graças a uma bolsa em um curso de música, se sente estimulado para começar a ensinar. “É muito gratificante para mim poder ser, hoje, o instrumento para levar música para outras pessoas. Assim como a música me transformou e mudou a minha vida, eu espero poder ajudar outras pessoas e ter o prazer de ver o olhar de esperança nos meus alunos, que vai me dar ainda mais força para continuar fazendo isso”, comemorou.

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