Na volta às aulas, pais e professores devem estar atentos às dificuldades de aprendizagem

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Uma em cada 10 crianças em idade escolar apresenta dificuldades de aprendizagem, afirmam especialistas da área. Neste período no qual as crianças retomam as atividades escolares, a atenção de pais e professores é essencial para a detecção precoce destes problemas que podem acarretar grandes prejuízos às crianças.

De acordo com Nadja Pinho, psicopedagoga e musicoterapeuta, entre as principais dificuldades de aprendizagem diagnosticadas em crianças e adolescentes estão as de leitura, expressão escrita, pensamento lógico, aprendizado da matemática e as gramaticais. Tanto fatores biológicos quanto psicossociais podem contribuir para a dificuldade de aprendizagem, por isso os sintomas não podem ser interpretados isoladamente.

“A dificuldade de aprendizagem é multicausal, pode ser decorrente da metodologia e formação do professor, da cultura da escola, da relação professor e aluno”, explica Nadja Pinho. A profissional salienta, ainda, que existem os fatores da própria criança, desde aspectos emocionais, culturais e intelectuais, até pontos mais específicos como a dislexia, a disgrafia, a discalculia e a relação dos pais com o estudo dos filhos.

Nadja Pinho aponta que pais e professores devem estar atentos aos primeiros sinais, como dificuldades para se expressar oralmente, de identificar rimas e sons nas palavras, em compreender o que é falado e de orientação de espaço e tempo. Os problemas passam a ser percebidos, geralmente, na época da alfabetização, quando a leitura e a escrita são formalmente apresentadas à criança.

“Um diagnóstico mais preciso é feito a partir do 2º ano, após dois anos de aprendizagem da leitura. Mas, havendo sinais de dificuldades nas áreas de linguagem, um atendimento adequado deve ser iniciado antes mesmo da alfabetização”, aconselha a especialista.

Para a profissional, as crianças com alguma dificuldade de aprendizagem devem ser matriculadas em escolas regulares, obedecendo a um direito constitucional. “O que se faz necessário é que o educando, independente de idade, tenha condições de ser assistido na sua dificuldade por uma equipe multidisciplinar, para auxiliar a criança ou jovem nas suas limitações”, afirma Nadja Pinho. Ela lembra que o diagnóstico é realizado por psicopedagogos e terapeutas da fala, trabalhando conjuntamente com os psicólogos especializados no assunto.

Com informações da Agência de Textos Comunicação Corporativa.

Foto de capa extraída do site Divina.

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