Modelo respondeu a perguntas de investigadores sobre vazamento de imagens.
A modelo Najila Trindade prestou depoimento, na tarde desta quarta-feira, no caso em que acusa Neymar de divulgar imagens íntimas suas na internet. Ao deixar a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), na Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio, ela manteve suas denúncias contra o jogador, incluindo a de que foi estuprada por ele num hotel de Paris, em maio. A Polícia Civil de São Paulo arquivou as denúncias, por considerá-las sem fundamento, e Neymar a processa por denúncia caluniosa, extorsão e fraude.
— Tanto ele como quem orientou ele estão muito equivocados. A senha do instagram é intransferível, individual. Você paga pelo erro de dar a senha para outra pessoa. Ele disse que ia publicar e todos viram. Agora ele dizer que foi terceira pessoa para se eximir enquanto ele é absolvido e sai batendo asa, é muito fácil falar. Se ele foi orientado a fazer isso acho que foi um tiro no pé — ressaltou o advogado da modelo.
Já em São Paulo, onde corre a investigação sobre a acusação de estupro, o cenário é contrário às denúncias de Najila. Nesta terça-feira, a Polícia Civil indiciou a modelo por fraude processual, denúncia caluniosa e extorsão. O marido dela, Estivens Alves, foi denunciado por fraude processual e divulgação de conteúdo erótico.
— É justo que essa moça fique o tempo todo pagando por ter aceitado ou ter se oferecido para um convite de uma pessoa altamente famosa, que inclusive já está pagando o preço caríssimo por ter feito o que fez com ela? Quem faz aqui, paga aqui — disse o advogado Cosme Araújo, afirmando que se o ex-marido de sua cliente foi indiciado por ter encaminhado fotos dela para uma única pessoa, o jogador que divulgou para o mundo todo deve receber, no mínimo, o mesmo indiciamento.
Na visão do advogado Cosme Araújo, o recente indiciamento de sua cliente por extorsão é absurdo, sendo que em todo o tempo que o caso corre na justiça nunca houve aproximação da jovem com a família do jogador e em conclusão reafirma a inocência de sua cliente.
— Eu já li mais de 50% dos relatórios da delegada e posso afirmar que lá só tem até agora ilações e conjecturas. Acho que Najila foi vítima inclusive de outras pessoas, muitas pessoas segundo ela que estão ganhando com isso tudo, enquanto ela só está ganhando má fama — disse.
Em atendimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro, que pediu informações do processo de investigação da acusação do estupro, arquivado em SP, a DRCI prorrogou o inquérito por mais 30 dias e estima-se que até outubro haja uma resolução para o caso.
Fonte: O Globo