Nas campanhas eleitorais contemporâneas, o cenário político se tornou uma arena de constante inovação e criatividade. Em meio a uma enxurrada de mensagens tradicionais e uma população eleitoral cada vez mais crítica, os candidatos buscam estratégias que vão além do convencional para capturar a atenção do eleitorado. É neste contexto que o marketing de guerrilha surge como uma ferramenta poderosa, desafiando as normas estabelecidas e abrindo caminho para abordagens mais dinâmicas e impactantes.
O que é marketing de guerrilha?
Antes de mergulharmos no papel do marketing de guerrilha nas campanhas eleitorais, é importante entender o que exatamente essa abordagem implica. O marketing de guerrilha é uma estratégia não convencional que busca alcançar objetivos de marketing por meio de táticas criativas, muitas vezes de baixo custo, que visam surpreender e engajar o público-alvo. Essas táticas podem variar desde intervenções urbanas e eventos surpresa até campanhas virais nas redes sociais, tudo com o objetivo de gerar um impacto significativo com recursos limitados.
Táticas de marketing de guerrilha, quando bem aplicadas, podem contribuir para que a campanha eleitoral conquiste alguns objetivos importantes, como a diferenciação em um campo lotado, uma vez que, em um cenário político saturado de anúncios tradicionais e discursos previsíveis, o marketing de guerrilha oferece aos candidatos a oportunidade de se destacarem da multidão. Táticas criativas e inesperadas capturam a atenção do eleitorado, gerando buzz e garantindo que o candidato não se perca na paisagem política.
Também pode ser alcançado um engajamento direto com o eleitorado. E essa talvez seja uma das maiores vantagens do marketing de guerrilha, que é sua capacidade de envolver o eleitorado em um nível mais pessoal e direto. Eventos de rua, intervenções urbanas e interações nas redes sociais permitem que os candidatos se conectem com os eleitores de maneiras que transcendem os tradicionais comícios e debates.
Não há como falar em marketing de guerrilha, sem tocar no ponto crucial é o custo-benefício. Em um contexto onde as campanhas eleitorais muitas vezes se tornam batalhas de orçamentos, o marketing de guerrilha oferece uma alternativa atraente para candidatos com recursos financeiros limitados. Estratégias de baixo custo podem gerar um impacto desproporcional em termos de visibilidade e engajamento, permitindo que os candidatos façam mais com menos.
Todos esses ingredientes reunidos apresentam um grande potencial de viralização e alcance orgânico que pode se espalhar como fogo nas redes sociais, alcançando um público muito maior do que o inicialmente previsto. Sem falar que a viralização e o alcance orgânico são altamente valorizados em um mundo onde a autenticidade e a espontaneidade são cada vez mais importantes para os eleitores.
Por fim, o marketing de guerrilha permite que os candidatos desafiem as normas tradicionalmente estabelecidas e se posicionem como agentes de mudança e inovação. Estratégias provocativas e disruptivas podem ajudar os candidatos a conquistar a atenção do eleitorado e a se destacarem em um campo extremamente competitivo.
Mas, como nem tudo são flores, é importante reconhecer que o marketing de guerrilha também apresenta desafios e riscos. Táticas excessivamente polêmicas ou ofensivas podem alienar o eleitorado e prejudicar a imagem do candidato. Portanto, é essencial equilibrar a inovação e a originalidade com a responsabilidade e a ética, garantindo que as estratégias adotadas sejam consistentes com a mensagem e os valores do candidato.
Thiego Pitombo
Idade: 37 anos
Profissão: Publicitário
Diretor da Ok Propaganda
Professor universitário
Pós-Graduado em Marketing Estratégico
Pós-Graduado em Gestão Pública
15 anos de experiência com o marketing governamental
10 anos de experiência em marketing político