O tabu em torno do suicídio

Entrevista durante o programa Jornal Transamerica com Carlos Geilson
Entrevista durante o programa Jornal Transamerica com Carlos Geilson

Silenciosamente, a morte voluntária tornou-se a segunda maior causa que leva jovens entre 15 e 29 anos a óbito. Esses dados são da OMS (Organização Mundial de Saúde) que afirma que cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida anualmente.

Quase sempre o suicídio é associado a transtornos mentais. Nem sempre isso é verdade. “Existem casos de suicídio que não estão relacionados à depressão, às vezes pode ser simplesmente para se livrar de um problema”, assegura à psicóloga Roberta Saback, entrevistada nessa manhã pelo programa “Jornal Transamérica”.

O tabu em torno da temática é muito antigo, e agora se faz necessário uma conscientização por parte da sociedade. Saback defende que a falta de expressar os sentimentos provoca o ato, por isso é importante conversar sobre o assunto para que as pessoas possam encontrar recursos para resignificar sua vida. “Ás vezes uma simples conversa pode evitar um suicídio”, afirma a psicóloga.

Mudanças bruscas no comportamento podem ser sinais de alerta, tais como, tristeza ou alegria excessiva, o uso de substâncias psicoativas de uma forma mais intensa e até mesmo a solidão. Em geral, familiares e amigos devem ficar atentos para a necessidade de acompanhamento de especialistas, como psicólogos ou psiquiatras, pois o paciente dificilmente sente tal necessidade.

Enfim, vulnerabilidades, dores existenciais, dificuldade de aceitação social, depressão, baixa autoestima, também são causas que levam indivíduos a tirar sua própria vida.  No Brasil, o CVV (Centro de valorização da vida) realiza apoio emocional e preventivo de maneira voluntária e gratuita. O serviço pode ser solicitado pelo telefone 188 ou chat 24 horas todos os dias.

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