“Operação Faroeste”: Conteúdo de delação de advogado baiano volta a ser destaque no jornal Folha de São Paulo

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O jornal Folha de São Paulo voltou a destacar novos desdobramentos da “Operação Faroeste”, que apura a venda de sentenças judiciais por juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia. O assunto é um dos principais destaques da edição de hoje (31).

Na edição do jornal Folha de São Paulo, a delação do advogado baiano Júlio César Cavalcanti Ferreira, 34 anos, é bastante explorada. A reportagem aborda tentativas de interferência em concorrências públicas de Prefeitura e secretaria estadual, pagamentos de indenização e até desapropriação de uma barraca de praia.

O acordo de delação premiada de Júlio César foi firmado junto a Procuradora Geral da República e homologado pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes, no fim de março do ano passado. A deleção dele também tem sido utilizada como subsídio para as ações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal na “Faroeste”.

Entre os presos na “Operação Faroeste” estão três desembargadoras (presas preventivamente), além da desembargadora Sandra Inês, em prisão domiciliar. O site Olá Bahia apurou que nos próximos dias uma revista de circulação nacional deverá publicar uma carta causando novos desdobramentos nas investigações.

CARTA À REVISTA

A carta, conforme apurado, teria sido encaminhada à revista Cruzoé pela desembargadora Ilona Márcia Reis, presa desde dezembro de 2020, por decisão da corte especial do STJ, da relatoria do ministro Og Fernandes. Ela [desembargadora] tem o nome citado 50 vezes na “Operação Faroeste”.

Na correspondência enviada à revista, a desembargadora Ilona Reis tenta envolver o nome de amigos e familiares do Procurador Geral da República, Augusto Aras. Baseada apenas na palavra da magistrada presa, a carta não traz, segundo apurado, nenhuma prova que possa sustentar à versão dela.

Uma fonte procurada pelo site Olá Bahia, disse que não acredita que a revista Cruzoé publique o teor da carta, uma vez que a denúncia parte de uma cidadã presa à disposição da Justiça e que já teve a oportunidade de se manifestar nos autos e não fez.

“Esperamos que esse tipo de denúncia, sem qualquer fundamento, não tenha espaço em uma revista de circulação nacional. Até porque abriria um precedente para que este veículo de comunicação [que faz oposição ao presidente da República, Jair Bolsonaro] também levasse adiante qualquer outro tipo de informação de outros presos comuns e que não tem a seu dispor advogados caros. A imprensa não pode tentar atingir a honra e a reputação de quem quer que seja baseada apenas em palavras de presos, principalmente por corrupção”, criticou a fonte.

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