Orientações da psicóloga Roberta Saback para os pais na regulação do uso de telas por crianças e adolescentes

Foto: Divulgação
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A psicóloga Roberta Saback abordou, em uma entrevista ao site Olá Bahia, a importância de os pais monitorarem e regularem o uso de telas por crianças e adolescentes. Além de permanecerem atentos, os pais devem desempenhar um papel ativo como reguladores, proporcionando oportunidades para o desenvolvimento de habilidades sociais e autonomia. A psicóloga enfatizou  a necessidade de avaliar se o tempo dedicado às telas é realmente necessário, especialmente no final das férias e no início das aulas.

Quanto aos potenciais efeitos adversos do uso excessivo de telas, a psicóloga destaca a possibilidade de desenvolvimento de humor deprimido, ansiedade e dificuldades no controle da impulsividade. Ela ressalta que as telas não causam diretamente esses transtornos, mas podem amplificar seu desenvolvimento. A compreensão de que danos neurobiológicos e psicológicos podem ocorrer em crianças e adolescentes é crucial.

No que diz respeito ao tempo ideal de exposição às telas, Saback observa que a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças até dois anos evitem o uso de telas para promover o desenvolvimento de habilidades cruciais, como fala e socialização. “Para crianças mais velhas, é essencial estabelecer uma rotina equilibrada que inclua tempo para entretenimento, juntamente com outras atividades. A família deve colaborar na definição desses limites, levando em consideração as responsabilidades escolares, tarefas familiares e momentos de lazer”, destaca.

Ao ser abordada sobre a introdução de tecnologia nas salas de aula a psicóloga destaca a importância de uma abordagem equilibrada, reconhecendo o avanço tecnológico. “Defendo a necessidade de regulamentação tanto em casa quanto na escola, embora algumas pessoas defendam uma abordagem mais radical, proibindo o uso de recursos tecnológicos. Eu sugiro uma abordagem mais dialogada, envolvendo crianças e adolescentes na construção de normas e limites para o uso responsável da tecnologia dentro do ambiente escolar”, salienta.

Por: Mayara Silva

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