Pacientes com câncer podem desenvolver transtorno psiquiátrico

Foto: Reprodução/ www.galenoalvarenga.com.b
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Quase 50% dos pacientes com câncer desenvolvem algum transtorno psiquiátrico, segundo pesquisa do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ainda de acordo com o estudo, somente 2% dessas pessoas recebem atendimento especializado. Por ano, conforme estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 57 mil novos casos de câncer de mama são diagnosticados. No Outubro Rosa, campanha dedicada à conscientização e prevenção da doença, especialistas alertam para a importância do acompanhamento psicológico dos pacientes.

“Em mais de 60% dos casos, as pessoas com câncer de mama podem apresentar sintomas depressivos, e os outros 40% uma depressão maior”, afirma Dra Fabiana Nery, médica psiquiatria da clínica Holiste. Para a especialista, “a detecção e o tratamento da depressão nestes pacientes são de fundamental importância, pois sintomas depressivos podem interferir de maneira significativa no tratamento da condição clínica do câncer”, adverte.

Ainda segundo a doutora, pacientes deprimidos têm três vezes mais riscos de não seguir o tratamento adequadamente, em comparação aos não deprimidos. Dra. Fabiana Nery ressalta que os sintomas da depressão são comumente encontrados em pacientes com câncer, tais como inapetência, perda de peso, insônia, perda de interesse e energia. “Essa semelhança frequentemente leva à não valorização desses sintomas como parte de uma síndrome depressiva, dificultando seu diagnóstico em portadores de câncer”, observa.

A especialista destaca a importância de que médicos clínicos e oncologistas sejam capazes de reconhecer os sintomas depressivos e encaminhar esses pacientes para avaliação com um especialista em psiquiatria, beneficiando o paciente com câncer através de uma intervenção precoce.

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