Para comerciantes, isenção de aluguéis do shopping popular é solução paliativa

Centro Comercial Popular

O anúncio feito pela Secretaria Municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico (Settdec), de isenção de aluguéis para permissionários recadastrados no Shopping Popular Cidade das Compras, não agradou aos comerciantes locais. Os mesmos dizem esperar por medidas efetivas e duradouras.

Maria Madalena, permissionária do Centro Comercial, diz que a isenção temporária dos aluguéis, não resolve o problema dos comerciantes. “Isso é só um paliativo, não resolve o problema. O prefeito José Ronaldo que colocou a gente aqui dentro e ele deve tomar uma posição… Isso (isenção dos aluguéis) foi só um cala boca por conta das eleições. Temos o direito de reivindicar, porque ele prometeu que resolveria nosso problema, um valor definitivo para isso aqui”, reclama.

A negociante explica que o valor de cerca de R$ 600 referente ao aluguel e condomínio, é inconcebível, e mesmo só o condomínio, muitos não conseguiriam pagar. “Assim como está, só 30%, no máximo, consegue pagar o condomínio porque aqui não vende. É um lugar inacabado, não tem boa estrutura, os administradores não respeitam a gente, usa termos vulgares para se referir ao camelôs. Se o prefeito de Feira de Santana não está tomando uma posição, chega um homem de fora, toma conta da cidade e esculhamba todo mundo”, denuncia.

Outra comerciante, Joselene da Silva, ressalta que os camelôs esperavam uma solução definitiva para os problemas, baseados nas promessas do Secretário da pasta: “O Secretário Sebastião prometeu que daria uma solução definitiva ao Camelô e não um paliativo”.

Entretanto, o secretário de Municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Sebastião Cunha, diz que o decreto que isenta os aluguéis não é a peça definitiva da situação. “Não é que decreto seja definitivo! Quando se estuda negociação, a primeira coisa que você deve fazer ao chegar num ambiente convulso é conter pontos de divergência. Nós estamos trabalhando, ganhamos um espaço até dezembro e não pararemos até buscar solução definitiva”.

O gestor conta ainda que ficaram de fora do recadastro, 81 nomes de permissionários. “Estavam em um envelope separado. Um estagiário que nos auxiliava na época, colocou em uma gaveta e ficou de fora. Publicaram 988, mas faltaram esses 81. Então hoje, numa edição extra do Diário Oficial, complementaremos o número de cadastro. A partir de agora serão reabertos os boxes, adotamos a ordem alfabética”, detalha.

Cunha lembra que as taxas condominiais não cooptadas pela prefeitura, mas foram viabilizados o parcelamento destas. “A única coisa que a prefeitura participou é que, desse grupo, quem estiver com as taxas atrasadas, poderão parcelar em até 10x sem incidência de juros ou correção. Já as taxas atuais elas serão assumidas e pagas para o rateio das despesas e o funcionamento da Unidade”, esclarece.

A Settdec alerta que a solicitação de renegociação das taxas deve ser feita até o dia 1 º de setembro de 2022.

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