Parto humanizado tem início no pré-natal

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O chamado “parto humanizado” não é considerado como um tipo de procedimento, cesariana ou normal, mas é uma prática garantida por lei para que as mulheres se sintam confortáveis no momento de dar à luz.

De acordo com o obstetra e professor instrutor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Dr. Rômulo Negrini, as mulheres agora começam a tomar conhecimento e exigir esse tratamento. “Por conta de uma divulgação recente da mídia sobre este assunto, temos percebido um movimento de mobilização pela exigência de humanização durante o parto e diferente do que se acredita, não é somente o parto normal que é humanizado, o procedimento pode se iniciar de maneira natural e decorrer para uma situação de cesariana”, comenta.

O que o professor ressalta é a importância dos cuidados com as vontades da mulher durante esse processo, garantindo que ela tenha um acompanhante, um ambiente favorável e não seja obrigada a ficar em uma posição desconfortável ou receber medicamentos sem necessidade.

E continua: “O papel da mãe para a garantia do processo de humanização é fundamental, pois é ela que tem de fazer valer seu direito desde o pré-natal, questionando o médico sobre as necessidades de tais procedimentos a serem tomados, como uma intervenção cirúrgica ou episiotomia na sala de parto, por exemplo”, argumenta Negrini.

Apesar desta movimentação inicial, o Dr. Rômulo afirma que o Brasil ainda não alcançou os índices desejáveis de partos humanizados. “Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o limite aceitável de cesarianas para o país deveria ser de apenas 15%, mas o que se vê são 40% deste tipo de parto na rede pública e 82% na rede privada”, finaliza.

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