Pinheiro cobra ação do Congresso e do governo em meio à crise

Foto: Divulgação
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Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (3), o senador Walter Pinheiro (PT-BA) criticou o que entende ser uma “paralisia” do Congresso Nacional perante a crise política e econômica que o Brasil atravessa. A falta de ação do parlamento, para ele, prejudica as pessoas que são mais afetadas pelo momento negativo do país.

“Mesmo com crise política, isto aqui precisa funcionar. O que efetivamente podemos dar de contribuição? Porque, senão, é só uma mera sensação de enxugar gelo. O cidadão que está sofrendo não pode esperar o encerramento dos trabalhos aqui em dezembro, ele tem que comer amanhã de manhã”, disse o senador.

Pinheiro criticou a falta de discussão aprofundada sobre o Plano Plurianual (PPA), peça legislativa que guia a elaboração orçamentária dos próximos quatro anos e deve ser aprovada até o fim de 2015. O senador também reclamou de ineficiência na execução do orçamento deste ano, que prejudica o trabalho de prefeitos, que precisam dessa definição para executar obras e fechar folhas de pagamento.

Para o senador é preciso apontar alternativas e não apenas cumprir etapas, como aprovar o orçamento e acreditar que o legislativo finalizou sua missão, sem apontar as alternativas para retomar o crescimento. “ Qual é a alternativa? É o quê Aguardarmos aqui até o período, sei lá, o dia 12, 15, 16, 17 de dezembro para votarmos o orçamento. E aí sairmos para o recesso parlamentar como se função cumprida, votamos o orçamento. Que orçamento? Quanto esse orçamento terá, por exemplo, para resolver o problema crítico do Nordeste nesse momento? O lago de Sobradinho chega a quase que no seu volume morto. Então, vamos ter problema de abastecimento de água e de geração de energia”, disse.

A seca no semiárido nordestino foi o assunto específico que levou o senador a fazer essas colocações, segundo explicou, porque a imobilidade do poder público tem tornado a situação ainda mais grave para a população da região. Em contraste, Pinheiro citou os casos de Israel e da Finlândia, países que visitou recentemente e que lidam com obstáculos climáticos de forma muito mais intensa e permanente. Mesmo assim, observou, os respectivos governos não deixam de tomar providências e diversificar investimentos.

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