Planalto vê cerco a Temer e possível terceira renúncia

DF - TEMER/ANVISA/INPI - POLÍTICA - O presidente da República, Michel Temer, participa da cerimônia de assinatura de portaria   conjunta ANVISA/INPI: Modernização e Desburocratização do Sistema de Propriedade   Intelectual no Brasil, no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quarta-feira, 12.   12/04/2017 - Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
DF - TEMER/ANVISA/INPI - POLÍTICA - O presidente da República, Michel Temer, participa da cerimônia de assinatura de portaria conjunta ANVISA/INPI: Modernização e Desburocratização do Sistema de Propriedade Intelectual no Brasil, no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quarta-feira, 12. 12/04/2017 - Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

Interlocutores do Palácio do Planalto classificaram como “um ato espetaculoso” a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, de autorizar a prisão de amigos próximos do presidente Michel Temer. Dizem haver um “complô” para tentar inviabilizar a candidatura de Temer à reeleição. Entre os presos nesta sexta-feira na Operação Skala estão o advogado e ex-assessor do governo José Yunes, com quem Temer jantou na última segunda-feira em São Paulo, e o coronel reformado da PM João Baptista Lima Filho. Deflagrada a pedido da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, com autorização de Barroso, a operação foi vista nos bastidores como um indicativo de que a procuradora-geral, Raquel Dodge, possa apresentar nova denúncia contra o presidente. Se isso ocorrer, a avaliação no Planalto é de que as pretensões eleitorais de Temer seriam minadas. Ele teria novamente que se dedicar a barrar o avanço da investigação na Câmara. O presidente planeja entrar no páreo para um novo mandato e pode ter o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) como vice. Meirelles deixará o PSD e se filiará ao MDB no dia 3. Para integrante da cúpula do MDB, um sinal de que a intenção dos mandados de prisão expedidos seria dificultar a consolidação de Temer na disputa eleitoral é a coincidência de datas. Para os emedebistas, não é por acaso que a operação contra amigos de Temer acontece às vésperas do ato de filiação de Meirelles. Apesar da repercussão negativa para o governo com as prisões, pessoas próximas ao presidente afirmam que o episódio reforça a certeza de que o emedebista precisa ir para o enfrentamento. “Entendemos que a decisão do presidente de colocar a possibilidade de vir a disputar a eleição faz com que novamente dirijam contra nós os canhões da conspiração. O que aconteceu hoje (sexta-feira) não deixa de ser um reconhecimento de que eu nas minhas afirmações sempre estive certo, que se buscava investigar um assassinato onde não existe cadáver. O Decreto dos Portos não beneficia a Rodrimar”, afirmou o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Oficialmente, Marun tentou minimizar a possibilidade de nova denúncia: “Se existe respeito à Constituição Federal neste País, e entendemos que ainda deve existir, o presidente não será denunciado.” (Estadão)

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