Polícia Federal diz que Cesare Battisti é considerado foragido

O ex-ativista Cesare Battisti foi condenado na Itália a prisão perpétua (Foto: Agência Brasil/Arquivo)
O ex-ativista Cesare Battisti foi condenado na Itália a prisão perpétua (Foto: Agência Brasil/Arquivo)
O ex-ativista Cesare Battisti foi condenado na Itália a prisão perpétua (Foto: Agência Brasil/Arquivo)

O italiano Cesare Battisti é considerado foragido pela Polícia Federal. Ele teve a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux na quinta-feira (13). O advogado diz desconhecer o paradeiro de seu cliente. Segundo a PF, Battisti está “em local incerto e não sabido” e as buscas ainda estão em andamento.

O italiano foi visto pela última vez em Cananeia, onde vive desde 2015, na terça-feira (11), segundo o delegado da Polícia Civil Tedi Wilson de Andrade. Uma equipe foi até a casa dele por volta das 9h desta sexta. O imóvel está fechado e não há movimentações no local.

“Temos a informação de que ele estava construindo uma outra casa na cidade e, durante o dia, estamos procurando o Battisti em vários endereços. Se o encontramos, encaminharemos para a Polícia Federal”, disse. Battisti havia sido preso em outubro do ano passado, em Corumbá (MS), quando supostamente tentaria atravessar a fronteira do Brasil com a Bolívia com US$ 6 mil e 1,3 mil euros não declarados.

No ano passado, a Itália pediu que o governo Michel Temer revisasse a decisão de Lula que vetou a extradição. A defesa do italiano, então, pediu ao STF que o governo brasileiro fosse impedido de enviá-lo de volta ao país de origem.

Battisti foi condenado à prisão perpétua pela Justiça da Itália italiana sob a acusação de ter participado de quatro assassinatos entre 1977 e 1979, quando era integrante do grupo de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Battisti sempre negou ter cometido os crimes, enquanto o governo italiano o acusa de terrorismo.

Ele fugiu para o Brasil, depois de passar alguns anos na França, e foi preso em 2007. Em 2009, o Supremo se posicionou favoravelmente ao envio de Battisti para a Itália, mas deixou a decisão final ao presidente da República, por considerar que é uma prerrogativa do Executivo. Em seu último dia como presidente, no dia 31 de dezembro de 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu vetar a extradição.

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