Polícia investiga assassinatos de três pessoas em situação de rua em Feira de Santana; crimes aconteceram em 16 dias

A Polícia Civil de Feira de Santana investiga os assassinatos de três pessoas em situação de rua na cidade. As vítimas foram baleadas em um espaço de 16 dias e, segundo o delegado responsável pelo caso, pode indicar um extermínio das pessoas nesta condição.

“São crimes de execução, não restam dúvidas em relação a isso. Os crimes aconteceram de madrugada, quando eles estariam dormindo”, contou o delegado Rodolfo Faro.

As vítimas foram identificadas como Gutemberg Souza Brito, de 27 anos, e um homem de prenome Lucas. O terceiro homem não foi identificado. As motivações dos crimes seriam pequenos delitos cometidos pelas vítimas, que não foram especificados pelo delegado.

Ainda segundo ele, os policiais procuram nas imagens das câmeras de segurança indícios de quem pode ter cometido o crime. Além disso, outras pessoas que estavam na região devem ser convocadas para prestar depoimento.

O primeiro caso aconteceu no dia 8 de fevereiro, no bairro dos Capuchinhos, e Lucas foi a primeira vítima. A polícia não detalhou onde ele dormia.

Nove dias depois, Gutemberg Souza Brito foi morto no bairro Serraria Brasil. A última vítima, que ainda não foi identificada, foi morta no mesmo bairro uma semana depois do segundo caso. A região fica a menos de dois quilômetros do bairro onde o primeiro crime foi registrado.

Além dos três homens serem pessoas em situação de rua, eles tinham outra característica em comum: recebiam assistência de instituições sociais de Feira de Santana.

Gutemberg era uma das 80 pessoas assistidas pela FSA Invisível, associação que destribui alimentos para pessoas em situação de rua. Já Lucas e o outro homem eram assistidos pelo Centro Sociail Mosenhor Jessé, que fez uma nota de repúdio aos crimes violentos.

“Precisamos dar um basta à cultura da morte, à normalização dos ‘CPF’s cancelados’, e sobretudo, da banalização da vida do próximo que é nosso irmão, independente do estado no qual se encontre”, diz a nota.

G1 Bahia e foto arquivo CP

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