Polícia suspeita de grupo de extermínio em bairro de Feira de Santana e desarticula movimento de moradores e policiais

NoDpXyqbfoWSibpGJ5r6Cw6o5mGIkm0wflTo2Zh2

Moradores e policiais militares e civis da reserva e da ativa, moradores do bairro Jardim Cruzeiro, foram “aconselhados” pelo Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL) a não criarem um grupo para ajudar na segurança do bairro. Um dos integrantes diz que a PM entendeu, errado, que seria um grupo de extermínio, devido a uma denúncia “equivocada”.

Em entrevista ao repórter Carlos Valadares, do programa Jornal TransBrasil, comandado por Carlos Geilson, um policial que faz parte da organização e criação do grupo, afirma que o objetivo não era criar grupo de extermínio para combater a onda crescente de violência no bairro. “A ideia de formalizar esse grupo foi devido ao grande índice de assaltos e homicídios aqui no bairro. Então,  o que passou pela cabeça dos idealizadores foi formar um grupo de policiais para ficar atento nas ruas onde moram e, prontamente, sair informando aos colegas que estavam de serviço, se houvesse pessoas suspeitas. Em hipótese alguma passou na cabeça de nenhum dos componentes a intenção de formar grupo de extermínio”, pondera o policial, que teve a identidade preservada.

“Primeiro, somos pais de famílias, somos responsáveis, somos policiais militares e policiais civis que devem satisfação à sociedade, e jamais passaria pela cabeça da gente partir para este lado. Infelizmente, fomos mal interpretados por algumas pessoas, que resolveram denunciar ao CPRL, dizendo que estávamos formando grupo de extermínio. Apenas queríamos a proteção de nossos familiares e de nossos vizinhos, e ajudar aos colegas que estavam de serviço, devido ao efetivo que as companhias têm, que é pequeno. Não dá para estar ao mesmo tempo em vários lugares. Que fique bem claro isso”, enfatiza.

“Quero agradecer a todos aqueles que participaram e, deixar claro, que nosso colega vai ser ouvido no comando já a partir de quarta-feira (13). Espero que quem denunciou tenha provas concretas. Outra coisa: as estatísticas mostram o que evolui no Jardim Cruzeiro em termos de violência, e as estatísticas também mostram que, a partir do dia que nós tentamos formar o grupo, não houve homicídio no bairro. Então, não podem estar nos acusando de extermínio”, acentua.

“Estava prevista uma caminhada pela paz no bairro, mas, infelizmente, não pode ser concretizada, porque a informação chegou  até o CPRL, e a passeata foi abortada, foi impedida. A programação para domingo, seria uma reunião, depois a gente ia sair, vestidos de camisa branca, conversando com os representantes do bairro, conversando com os comerciantes, passando números de celulares, para qualquer dúvida entrarem em contato. Mas, devido ao que ocorreu, para não expor, a gente resolveu não fazer”, diz.

Não apenas moradores do Jardim Cruzeiro sofrem com a onda de violência que assombra o bairro feirense. Funcionários do Hospital da Mulher e Fundação Hospitalar têm sido alvos constantes da ação de marginais, como revelou o Protagonista esta semana.

Outras Notícias