Policiais viram assassino de engenheiro, mas não suspeitaram

Sérgio Domingos morava sozinho. Foto: Reprodução/Facebook.
Sérgio Domingos morava sozinho. Foto: Reprodução/Facebook.
Sérgio Domingos morava sozinho. Foto: Reprodução/Facebook.
Sérgio Domingos morava sozinho. Foto: Reprodução/Facebook.

Uma viatura com policiais militares passou pelo suspeito de ter assassinado o engenheiro civil Sérgio de Brito Domingos, 59 anos, na Barra, mas eles não desconfiaram. A vítima foi morta a facadas em seu apartamento, no Gavazza Residencial, na rua Professor Lemos de Brito, no Morro do Gavazza. O crime foi por volta das 23h30 do último domingo (13).

O homem tentou fugir levando o carro de Sérgio, onde colocou alguns pertences, mas não conseguiu abrir o portão eletrônico da garagem e fugiu a pé. Sob anonimato, uma moradora contou ao jornal A Tarde que o suspeito jogou duas sacolas e uma caixa de sapatos por cima do portão, depois pulou. Outra relatou que pessoas já haviam ligado para o 190 quando um vizinho parou a viatura na rua: “O policial disse que passou pelo cara, mas não desconfiou”. Os controles da televisão e do portão da garagem, além de uma caixa de Viagra e outra de perfume, foram encontrados próximos ao prédio.

Conforme o major Edmundo Assemany, da 11ª CIPM (Barra), a informação inicial que a polícia recebeu era sobre uma tentativa de roubo a carro, mas depois uma vizinha viu a porta do apartamento do engenheiro aberta. “Fizemos rondas ao tomar conhecimento da morte, mas não localizamos o suspeito”, relata o comandante ao A Tarde.

Major Assemany informa ainda que vizinhos relataram que Sérgio teria ido à Parada Gay e retornado com o suspeito para o apartamento onde morava sozinho. Os peritos encontraram uma televisão e uma caixa de sapato dentro do carro da vítima, que o homem tentou roubar. O empresário Kristian Paulsen disse ter ouvido o barulho das discussões por volta das 21h. “Não deu para entender o que eles falavam”, conta ao A Tarde. Moradores do local disseram que a vítima era discreta, “gente boa” e educada. O enterro será hoje, às 10h30, no Jardim da Saudade.

Barulho

Conforme a assessoria da Polícia Civil, vizinhos de Sérgio ouviram discussão e barulho de objetos quebrando e ligaram para o 190. Eles afirmaram que a vítima era homossexual e recebia muitas visitas no apartamento. E, ao ser questionado pela vizinhança sobre a movimentação, o engenheiro dizia que essas pessoas eram sobrinhos dele. Ele também vendia carros e justificava que a movimentação na casa era de clientes.

Também segundo a assessoria, o corpo foi encontrado de cueca no banheiro, com as mãos algemadas com um lacre plástico, os pés amarrados com um pano, sinais de estrangulamento, além dos ferimentos das facadas. As câmeras do edifício não estão funcionando. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios.

Com informações do site do jornal A Tarde.

Outras Notícias