O verão é a época em que os turistas de várias cidades, estados e países mais vêm à Bahia, principalmente a Salvador, para curtir da melhor forma possível. No entanto, nem tudo é curtição. Com tantas pessoas na capital, aumenta o risco de proliferação de doenças contagiosas. A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) confirmou, na última segunda-feira (4), a primeira morte por meningite no estado em 2016. A vítima foi um garoto de 11 anos.
Conforme a infectologista Nanci Silva ao jornal Tribuna da Bahia, as pessoas estão mais propícias a adquirir a doença durante o verão, sobretudo no Carnaval. “É quando as pessoas estão mais próximas, tendo mais contato. Então o risco de contágio é muito maior. O toque de mão, a saliva, pode transmitir a doença”, alerta a profissional.
Especialista no assunto, ela recomenda que ao sentir os sintomas da doença, o ideal é procurar o mais rápido possível um médico para realizar o diagnóstico. “Os principais sintomas são dor de cabeça, febre, vômito e pescoço rígido”, informa Silva.
Porém não é necessário entrar em pânico. A Sesab divulgou ontem (5) o balanço dos casos de meningite na Bahia, apontando uma redução de 28% no quadro comparativo entre os anos de 2014 e 2015. No ano passado, foram contabilizados 233 casos de meningite viral, 168 do tipo bacteriana e 145 por outras causas ou com tipo não especificado. No total, foram 546 notificações da doença – incluindo óbitos – em 2015, contra 763 no ano de 2014.
Meningite
A meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Existem vários tipos da doença, e para cada um deles há causa e sintomas específicos. Contagiosa, a meningite pode ser causada por vírus, bactérias e fungos, entre outros agentes infecciosos.
Os dois principais tipos da doença são a viral e a bacteriana. A viral é a forma mais comum e menos perigosa da meningite, pois muitas vezes nem exige tratamento. Os vírus causadores podem ser transmitidos via alimentos, água e objetos contaminados.
Já a meningite bacteriana é a mais grave. Este tipo ocorre geralmente quando a bactéria entra na corrente sanguínea e migra até o cérebro. Pode ocorrer, também, de a doença ser desencadeada após uma infecção no ouvido, fratura ou, mais raramente, após uma cirurgia.
Com informações do site do jornal Tribuna da Bahia.
