Por que devemos nos preocupar com o Glaucoma?

O glaucoma é uma doença do nervo óptico que não apresenta sintomas em sua fase inicial. (Foto: Reprodução/Cultura Mix)
O glaucoma é uma doença do nervo óptico que não apresenta sintomas em sua fase inicial. (Foto: Reprodução/Cultura Mix)
O glaucoma é uma doença do nervo óptico que não apresenta sintomas em sua fase inicial. (Foto: Reprodução/Cultura Mix)

Causado na maioria dos casos pelo aumento espontâneo da pressão de dentro do olho, o Glaucoma pode provocar lesões definitivas ao órgão, o que leva à perda gradativa da visão. A doença é a segunda principal causa da cegueira irreversível no mundo. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), 60 milhões de pessoas possuem Glaucoma, mas apenas 50% têm conhecimento disso. Estima-se que em 2020 esse número chegue a 80 milhões.

Para estimular a prevenção e conscientizar a população com informações sobre o problema, o dia 26 de maio foi estabelecido como o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma.

Como a doença se desenvolve?

O aumento da pressão intraocular leva à destruição progressiva das células nervosas da retina e à alteração do funcionamento do nervo óptico, responsável por transmitir as imagens captadas pelo olho ao cérebro.

“Considerada uma doença silenciosa, muitas pessoas não percebem que estão com glaucoma devido à ausência de dor, baixa de visão central ou qualquer outro sintoma. Outro fato é que, no início, acomete a visão periférica, ou seja, afeta o que o paciente enxerga nas laterais, tornando a percepção de perda da visão difícil de ser notada”, comenta o Dr. Danilo Andriatti Paulo, especialista em Glaucoma e Neuro-oftalmologia do H.Olhos Paulista.

À medida que a doença evolui, o campo visual se estreita de forma progressiva, até que a pessoa enxerga como se estivesse olhando por um tubo, que, gradativamente, vai se afinando até atingir a visão central e cegar o paciente de vez.

Quem pode desenvolver Glaucoma?

O Glaucoma acomete com mais frequência pessoas acima de 40 anos de idade, negros, asiáticos, diabéticos e usuários de medicamentos como cortisona. No entanto, a doença pode se desenvolver em qualquer indivíduo.

Como saber se tenho Glaucoma?

Visitas anuais ao oftalmologista são essenciais para um diagnóstico precoce, principalmente para os pacientes de risco. A medição da pressão ocular é feita de maneira rápida, não invasiva e é indolor.

Como tratar a doença?

Após a identificação, o controle da pressão intraocular é realizado pelo uso de determinados colírios para estabilizá-la e evitar lesões no nervo óptico.

Em determinados casos, devido à agressividade e estágio que a doença se encontra, é necessário o uso de mais de um medicamento para o adequado controle da pressão ocular. Outro ponto é que, quando os colírios falham na regulagem da pressão, é possível recorrer a outras formas de tratamento, como o uso de laser ou até mesmo cirurgia. “Neste sentido, é importante destacar que só uma avaliação individual realizada por um especialista definirá o tratamento adequado”, ressalta o Dr. Danilo.

Casos menos frequentes

Diferentemente do Glaucoma que não apresenta sintomas iniciais claros, um dos tipos da doença, chamado agudo, aparece subitamente, com dor e vermelhidão no olho, embaçamento da visão, náusea e vômitos. No entanto, é mais raro.

Recém-nascidos também podem ter glaucoma, que pode ser percebido pelo lacrimejamento, sensibilidade exacerbada à luz e aparência de olho “grande”. Em ambos os casos, um oftalmologista deve ser consultado imediatamente.

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