Praias de Salvador tiveram 47 toneladas de óleo removidas nesta quinta (17)

(Foto: Marina Silva/CORREIO)
(Foto: Marina Silva/CORREIO)

Praias de Ondina, Farol da Barra, do Flamengo e Pedro do Sal foram afetadas hoje

A situação das praias de Salvador, que estão sendo poluidas por manchas de óleo que vazaram no oceano, é grave. Só nesta quinta-feira (17), a Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb) removeu 47 toneladas e 920 quilos da substância tóxica na capital baiana.

Se este número for somado às 23 toneladas e 580 quilos retirados na quarta-feira (16), Salvador já contabiliza um total 71,5 toneladas de material em uma semana, período desde quando as manchas começaram a surgir na cidade.

No total, são 405 agentes de limpeza envolvidos no processo de remoção, que contam com o apoio de 16 caminhões e três tratores. Além disso, grupos de voluntários organizam mutirões.

Em Salvador, as praias atingidas foram as da Pituba, Jardim dos Namorados, Jardim de Alah, Boca do Rio, Stella Maris, Praia do Flamengo, Ipitanga, Piatã, Itapuã, Placarford, Amaralina, Ondina, Rio Vermelho e Barra. Nesta manhã, as primeiras pelotas de óleo começaram a ser vistas em Ondina e na praia do Farol da Barra.

Uma das que apresentou situação mais grave foi a praia da Pedra do Sal, em Itapuã. Além da grande quantidade de substância tóxica, o material surgiu na praia em estado líquido, o que dificultou a remoção. Uma ave da espécie Socó foi encontrada coberta de óleo. O animal foi resgatado e levado para o Instituto de Mamíferos Aquáticos (IMA), em Pituaçu, onde está recebendo cuidados de veterinários e biólogos.

Em todo o estado, já são nove os municípios afetados pelo material oleoso. A lista é composta por Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Mata de São João, Conde, Entre Rios, Esplanada, Jandaíra e Vera Cruz.

O último balanço divulgado pelo Governo do Estado informa que 155 toneladas já foram recolhidas em todo o estado, desde que a primeira mancha de óleo apareceu. Só em Lauro de Freiras, nas praias de Vilas do Atlântico e Ipitanga, foram recolhidas oito toneladas nesta quinta, enquanto na Praia do Conde foram retiradas três toneladas. No entanto, este número vai aumentar, já que o balanço é do material recolhido até o meio-dia e,portanto, não considera as retiradas feitas no município do Litoral Norte e em Vera Cruz.

Animais afetados
De acordo com o levantamento do Projeto Tamar, desde que o óleo chegou à Bahia, no dia 10 de outubro, foram registrados 10 filhotes mortos e dois resgatados com vida em áreas monitoradas. Além disso, foram registrados os encalhes de duas tartarugas-oliva (Lepidochelys olivacea), uma sub-adulta e outra adulta, e uma de tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) juvenil.

“É importante ressaltar que, embora as tartarugas tenham interagido com o óleo, não é possível afirmar que esta foi a causa do óbito destes indivíduos”, disse o Tamar por meio de nota.

Já o Ibama registrou duas tartarugas mortas, sendo uma em Salvador, na Praia da Pituba, e outra em Jandaíra, além de outras duas resgatadas com vida, sendo uma em Jandaíra e outro no Conde. O órgão federal também registrou uma ave resgatada com vida em Maraú.

Em toda a região Nordeste, o Ibama contabiliza 29 animais afetados. Destes, são duas aves mortas e uma viva, 11 tartarugas marinhas vivas e 15 mortas, além de 486 Filhotes de tartarugas marinhas capturadas preventivamente.

Fonte: Correio

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