Prefeito de Malhada de Pedras é preso por desvio de verba pública

Valdecir Bezerra, prefeito de Malhada de Pedras. Foto: Foto: Lay Amorim.
Valdecir Bezerra, prefeito de Malhada de Pedras. Foto: Foto: Lay Amorim.
Valdecir Bezerra, prefeito de Malhada de Pedras. Foto: Foto: Lay Amorim.
Valdecir Bezerra, prefeito de Malhada de Pedras. Foto: Foto: Lay Amorim.

Em uma ação coordenada pela Polícia Federal (PF) e Controladoria Geral da União (CGU/Bahia), foi preso nesta sexta-feira (25), dentro da operação Vigilante, o atual prefeito de Malhada de Pedras, Valdecir Bezerra, e outras duas pessoas. Todos foram encaminhados para o presídio de Vitória da Conquista, de acordo com o portal A Tarde.

O gestor e um grupo de políticos de Malhada de Pedras são suspeitos de desvio de recursos da União destinados ao transporte escolar. Contra o vice-prefeito eleito – que está foragido – Adriano Paca tem um mandado de prisão preventiva emitido pela Justiça Federal.

Suspeitos de participar do esquema foram conduzidos coercitivamente: a mulher do atual prefeito e prefeita eleita, Terezinha Baleeiro; o atual vice-prefeito, Paulo César Paca; e o ex-prefeito Ramon dos Santos. Servidores da Secretaria Municipal de Transportes e empresários do ramo de transporte público de estudantes também prestaram depoimento.

Esquema

Conforme o delegado da PF de Vitória da Conquista, Rodrigo Kolbe, “trata-se de um grupo formado com o propósito de desviar recursos públicos em benefício próprio”. O delegado salientou que, com a abertura do inquérito, ficou comprovado que durante anos uma mesma empresa ganhava as licitações para transportar alunos. Em visita à Malhada de Pedras, segundo Kolbe, “constatamos que existiam muitas irregularidades”.

O delegado disse que os valores das linhas licitadas eram cobrados acima dos quilômetros percorridos e que até linhas feitas com ônibus do programa ‘Caminho da Escola’, eram cobrados pelo grupo. “Eles emitiam notas como se todos os meses tivessem 22 dias letivos, o que chamou a atenção para aprofundar as investigações”, salienta Kolbe.

Além das prisões e conduções coercitivas, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Vitória da Conquista. A operação também ocorreu em Alagoinhas, Itagibá, Salvador e São José do Jacuípe.

Dentro do que foi apurado, dos R$ 6 milhões pagos pelos serviços, R$ 3 milhões devem ter sido desviados para o grupo, segundo o chefe da CGU/Bahia, Adilmar Gregorini. “Ainda não aferimos tudo e as fiscalizações vão continuar. O valor desviado pode ser maior”, enfatiza Gregorini.

Os envolvidos vão responder por formação de organização criminosa, fraude em licitação, crime de responsabilidade e improbidade administrativa. A reportagem do portal A Tarde tentou, nesta sexta (25), contato com a prefeitura da Malhada de Pedras e, apesar de insistentes ligações, ninguém atendeu o telefone.

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