Prefeitura discute revitalização do comércio na região da Baixa dos Sapateiros

Projeto Território Empreendedor Barroquinha (Casa do Benin)
Foto: Evilânia Sena/Agecom
Projeto Território Empreendedor Barroquinha (Casa do Benin) Foto: Evilânia Sena/Agecom

A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Ordem Pública (Semop), apresentou na manhã desta quinta-feira (6) propostas para auxiliar o processo de revitalização do tradicional comércio da Avenida J. J. Seabra, conhecida popularmente como Baixa dos Sapateiros. A medida integra o projeto Território Empreendedor, que vem sendo aplicado com sucesso há cerca de um ano em diversas regiões do Centro, tendo alcançado êxito nas intervenções de ordenamento na Avenida Sete de Setembro. Durante o encontro, realizado na Casa do Benin a secretária Rosemma Maluf ouviu as principais demandas e expôs para moradores, comerciantes e representantes de associações da região algumas propostas para que o comércio local volte a ser competitivo.

“A Baixa dos Sapateiros tem importância semelhante à da Avenida Sete para o comércio de Salvador. É uma região histórica e emblemática e um dos principais eixos do comércio de rua, se tornando um verdadeiro shopping center a céu aberto. Ali se encontra um número expressivo de comerciantes, o que gera muito emprego e renda para a cidade. Então, considero esta aproximação de fundamental importância para a cidade e, principalmente, para os agentes locais, e só dessa forma poderemos encontrar soluções para revitalizar a região”, comenta Rosemma.

Projeto Território Empreendedor Barroquinha (Casa do Benin) Foto: Evilânia Sena/Agecom
Projeto Território Empreendedor Barroquinha (Casa do Benin)
Foto: Evilânia Sena/Agecom

As ações do Território Empreendedor passam, por exemplo, pela capacitação e formalização dos comerciantes. Na região da Baixa dos Sapateiros, que conta com cerca de 240 comerciantes, a Semop já atua na reforma do Camelódromo, proporciona melhorias na iluminação pública e vai trabalhar na revitalização e ordenamento do Mercado São Miguel. “Neste local, queremos criar um ambiente propício a se tornar um grande centro de visitação turística. Para tanto, é necessário que haja organização e apoio por parte dos empresários e pequenos comerciantes para que possam ser atendidas demandas referentes a limpeza e conservação dos espaços, das ruas e sanitários públicos”, afirma Rosemma.

Segundo a secretária, o sucesso do projeto depende exclusivamente da interação entre os agentes locais com o poder público. Com isso, a região será fortalecida com ações de empreendedorismo social, maior acesso ao crédito, desenvolvimento urbano e cultural, apoio à economia criativa, o que se reflete em melhor qualidade de vida e auxilia na prevenção à violência, conforme os parâmetros estabelecidos pela Semop e seus parceiros (Sebrae, Senac, CDL) no Projeto Território Empreendedor.

Dentre os problemas apresentados pelos comerciantes, a necessidade de intervenção do poder público na prevenção e combate à violência – de responsabilidade do governo do Estado – esteve em pauta, bem como discussões referentes à adoção de medidas que proporcionem o retorno dos consumidores à região. “Realizamos uma pesquisa e percebemos que 62% de nossa clientela consiste em pessoas com mais de 60 anos, e que já têm como referência histórica a compra de suas mercadorias nessa área, seja por hábito, ou pela certeza de que encontrarão o melhor preço nos produtos que procuram. Mas, nos últimos anos, a demanda tem caído, pois a má conservação, a degradação social e a insegurança afastam cada vez mais os compradores”, afirma Ruy Barbosa, presidente da Associação dos Empreendedores da Baixa dos Sapateiros, Barroquinha e Adjacências (Albasa).

“Por ser oriunda do comércio, divido com essas pessoas os mesmos sentimentos e dúvidas, pois estou sentindo a crise crescer no país, bem como senti quando havia um bom momento. Vale ressaltar que quem faz o Brasil forte são os pequenos empresários e é dessa parcela da sociedade que deve vir a reação. Portanto, para que os negócios possam prosperar, é preciso que o ambiente no entorno seja favorável, esteja devidamente ordenado. E é nesse contexto que se aplica o Território Empreendedor”, disse a secretária no início de sua explanação.

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