Segue viagem para Brasília (DF) acompanhado por três agentes da Polícia Federal (PF), o italiano Pasquale Scotti, preso no Recife por ser ligado à máfia de seu país. Scotti é condenado à prisão perpétua por ligação com a máfia pela morte de 26 pessoas, mas estava desaparecido desde dezembro de 1984. Atualmente vive no Brasil como Francisco de Castro Visconti, se dizia empresário e tinha CPF e título de eleitor ilegais. Segundo o diretor da Interpol na Itália, Genaro Capulongo, Scotti era o braço direito de Rafaelle Cutolo, fundador e líder da Nuova Camorra Organizzata.
Em Brasilia, o italiano deve ser levado à carceragem da sede da PF, onde fica à disposição do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o chefe de comunicação da Polícia Federal em Pernambuco, Giovani Santoro, o processo de extradição para a Itália já foi iniciado. “É de todo interesse do governo italiano que esse procedimento seja feito o mais rápido possível. Já há um pedido formal do governo italiano e agora o governo brasileiro com os outros órgãos competentes estão analisando todos os procedimentos para que ele possa ser extraditado o mais rápido possível”, comentou.
Ainda segundo a PF, a defesa do italiano pode alegar que ele é casado e que tem dois filhos no Brasil para que o preso possa ficar no país, e será investigado se as empresas comandadas por Scotti no Brasil eram usadas para lavar dinheiro. A apuração apontou haver indícios de que ele recebia dinheiro de instituições italianas.