Psicóloga Roberta Saback aborda o cuidado com a saúde mental em um mundo conectado

Foto: Divulgação
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O mês de janeiro é marcado pela campanha Janeiro Branco, uma iniciativa dedicada a sensibilizar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde mental e emocional. O objetivo é prevenir doenças decorrentes do estresse, como ansiedade, depressão e pânico. Em uma entrevista com a psicóloga Roberta Saback, discutimos a relevância do cuidado com a saúde mental e os impactos das redes sociais na vida das pessoas.

Num mundo onde as redes sociais se tornaram recursos indispensáveis, seu uso, inicialmente natural e diário, merece atenção, pois ao longo do tempo, essas plataformas podem desencadear mudanças em nosso comportamento, contribuindo para o surgimento de ansiedade e depressão. A campanha Janeiro Branco busca alertar não apenas sobre os desafios da saúde mental, mas também sobre a influência potencial das redes sociais nesse cenário.

Foto: Arquivo pessoal

De acordo com a psicóloga Roberta Saback, a pandemia deixou um impacto significativo na saúde mental, persistindo até hoje. “A necessidade de desenvolver habilidades individualmente, sem o suporte do ambiente ao nosso redor, tornou-se evidente, especialmente no que diz respeito à nossa relação conosco. Os desafios trazidos pela pandemia têm um impacto profundo, cujas dimensões em uma geração ainda não foram completamente compreendidas”, destaca.

Sobre o impacto das redes sociais na saúde mental, Saback enfatiza que é crucial compreender que a plataforma não tem um efeito específico em nossas vidas. O papel que desempenhamos como protagonistas nesse processo é determinante. “Vivemos numa época em que o imperativo da felicidade muitas vezes molda o conteúdo compartilhado nas redes sociais, destacando apenas os momentos felizes. A relutância em compartilhar nossas vulnerabilidades contribui para uma percepção distorcida da realidade. Compreender como nos relacionamos com as redes sociais é crucial para entender seu impacto em nossa saúde mental. A pressão constante para exibir momentos de felicidade pode inadvertidamente marginalizar aqueles que não têm as mesmas oportunidades, como viagens ou até não se veem capazes de ser ou estar em lugares sociais que as redes sociais acabam reforçando como os adequados. Os impactos socioemocionais disso podem ser muito nocivos.”, conclui a psicóloga.

Por: Mayara Silva

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