Redes Sociais podem prejudicar relacionamentos amorosos

Crédito: Lucas Pacífico/CB/D.A Press
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Ao mesmo tempo em que as redes sociais contribuem para aproximar pessoas – ao encurtar distâncias e facilitar a comunicação – estas novas formas de comunicação podem prejudicar relacionamentos amorosos. Foi o que afirmou uma pesquisa feita pela Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, em 2014. Segundo o estudo, os 581 usuários entrevistados que acessavam o Twitter com maior frequência acabavam enfrentando mais problemas com seus companheiros.

Entretanto, para Rogério Barros, psicólogo do Espaço Holos, as redes sociais não podem ser taxadas como vilões dos casais apaixonados. “Como qualquer nova tecnologia, a forma como é utilizada é que definirá se ela é benéfica ou não. Atualmente existem diversas modalidades de vínculo sendo construídos, inclusive vínculos amorosos, que se estabelecem através da virtualidade das redes sociais”, explica.

Crédito: Lucas Pacífico/CB/D.A Press
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Para Rogério, doutorando em Psicologia, com o avanço tecnológico muda-se a noção de tempo e de espaço, pois tudo passa a ser mais imediato e as distâncias relativizadas. “Sobrevivemos ao telefone, à televisão, ao fax, ao SMS. Absorvemos estas tecnologias e nem por isso deixamos de nos relacionar. O que muda são as ferramentas de contato e o imediatismo das relações. Inevitavelmente, essa ausência do “sentir falta”, de vazio, de espera, traz impactos. Mas isso não é justificativa suficiente para o fim de uma relação”, ressalta Barros.

O profissional desaconselha os casais que, na tentativa de vigiarem os parceiros, criam perfis conjuntos nas redes sociais.“Essa noção de dois que formam um é justamente a negação da individualidade, um ranço romântico das relações baseadas no amor cortês. São sempre dois em uma relação. Dois sujeitos, duas histórias, duas singularidades. A extinção da subjetividade de cada um, da singularidade, traz efeitos como, por exemplo, a agressividade”, alerta.

Apostar nas diferenças, naquilo que foi atraente ao conhecer o parceiro ou parceira, é uma das dicas que Rogério Barros dá aos casais na tentativa de evitar os conflitos nas plataformas virtuais. Outro alerta que o psicólogo faz é quanto ao controle excessivo e a vigilância favorecidos pela tecnologia. “Oxigenar a relação, mantendo-a viva, é saber observar nas diferenças o bonito da coisa. E a falta, a saudade, o desconhecido, o equívoco, podem ser o mais saboroso do viver a dois”, aconselha.

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