Remédio contra calvície causa problemas sexuais?

Foto: Reprodução
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Inicialmente utilizada no tratamento de distúrbios da próstata, a finasterida, aos poucos, se tornou uma grande aliada no combate à calvície. À medida que os usuários do medicamento perceberam que ele provocava um aumento no volume dos cabelos, o remédio começou a ser utilizado para controlar a alopécia. Mas, como o medicamento age diretamente na testosterona, surge uma preocupação: ela causa queda na libido e infertilidade?

Especialista em calvície, o cirurgião plástico Otávio Boaventura afirma que “cerca de 1,5% dos homens que usam o medicamento sofrem com a redução da libido e uma porcentagem semelhante pode ter disfunção erétil. Trata-se de um número baixo de pacientes que sofrem algum efeito colateral”.

Boaventura explica que o medicamento é um antiandrógeno, remédio capaz de inibir a enzima que converte a testosterona em di-hidrotestosterona, metabólito responsável pelo afinamento e queda dos fios.
Outro boato em torno do uso do medicamento, segundo Boaventura, é o que chamam de síndrome “pós-finasterida”, em que mesmo interrompendo o tratamento, os homens continuariam a sofrer efeitos colaterais dele.

“Não há absolutamente nada comprovado sobre isso. Houve um estudo, muito questionável, a respeito da irreversibilidade dos distúrbios sexuais, nada sendo definitivamente estabelecido. A finasterida é altamente eficaz no tratamento da alopecia androgenética, especialmente nos pacientes mais jovens que possuem o processo da calvície em evolução”, esclarece Boaventura. Para ele, a queda dos fios se estabiliza por volta dos cinquenta anos – pacientes a partir dessa idade, portanto, se beneficiariam pouco com o uso deste medicamento.

Mulheres e a finasterida – Apesar de a finasterida ser recomendada no tratamento da calvície, seu uso é mais recomendado aos homens. “Mulheres grávidas não devem ter contato com o medicamento, pois há riscos de alterações na maturação sexual do feto”, explica o médico. “Até mesmo o manuseio do comprimido deve ser evitado por elas”, alerta. Após a menopausa, o medicamento pode ser utilizado, com bons resultados para o tratamento da calvície feminina. “Cada caso tem sua particularidade, e, por isso, o acompanhamento por um médico especialista é fundamental”, explica o Dr Otávio.

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