Remédios para hipertensão podem afetar a saúde bucal

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A hipertensão arterial, ou simplesmente pressão alta, é considerada a doença mais comum do mundo. O que muita gente não sabe é que essa patologia exige cuidados especiais dos dentistas, além das consequências que os anti-hipertensivos provocam na saúde bucal. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), atualmente o Brasil possui 17 milhões de hipertensos e até 2025 este número pode aumentar em 80%.

A dentista do Núcleo de Saúde – CISVIVER, Luciana Andrade, revela que pessoas que tomam medicamentos para controlar a pressão apresentam algumas alterações na saúde bucal. “As principais manifestação são xerostomia (boca seca), sensação de gosto metálico, redução ou perda do paladar, úlceras orais (aftas), glossite (inflamação da língua) e feridas esbranquiçadas nas gengivas, chamadas de reações liquenoides”.

Ainda de acordo com a odontóloga, tratar um hipertenso requer um atendimento diferenciado, principalmente em procedimento cirúrgico, pois vários fatores como, estresse, medo, dor e até mesmo alguns medicamentos podem ocasionar o aumento da pressão. “É preciso controlar a ansiedade do paciente, com medicação oral ou inalatória, além de ser fundamental utilizar uma boa técnica na hora de aplicar a anestesia”, explicou Luciana Andrade.

Na maioria dos casos, a hipertensão arterial não possui um motivo definido, no entanto, cigarro, álcool, sedentarismo, obesidade e má alimentação são fatores que tornam seu controle mais difícil, que por sua vez está associado a outras doenças como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e problemas renais. Somente em Salvador, 55.750 pessoas com idade acima dos 15 anos vivem com a doença, de acordo com dados divulgados pelo Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), do Ministério da Saúde.

Hipertensão no idoso

Após receber o diagnóstico, tão importante quanto o tratamento, é buscar hábitos de vida saudáveis. “Novos estudos mostram que o controle excessivamente rígido da pressão arterial também pode trazer sérias consequências, geralmente em pessoas acima dos 60 anos. A utilização de anti-hipertensivos de forma inadequada pode causar reduções bruscas na pressão e ocasionar acidentes, a exemplo das quedas e suas complicações”, explicou a médica geriatra do CISVIVER, Simone Lessa. Portanto, é recomendado o acompanhamento médico regular, com avaliação individualizada.

Da Ascom.

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