Ronaldinho admite crime e fica livre de acusação no Paraguai

Foto: Norberto Duarte/ AFP
Foto: Norberto Duarte/ AFP

A promotoria do país considerou que eles foram enganados e solicitou a aplicação do “critério de oportunidade”

Ministério Público do Paraguai decidiu não apresentar uma acusação contra Ronaldinho Gaúcho nem seu irmão Assis na investigação sobre o uso de documentos falsos. O ex-jogador admitiu a prática do crime de utilização de documentação falsa, mas a promotoria considerou que eles foram enganados e solicitou a aplicação do “critério de oportunidade”.

Após quase 24 horas dos primeiros procedimentos e depois de um longo dia de depoimentos, finalmente o promotor Federico Delfino informou que Ronaldinho e seu irmão e empresário não seriam acusados e que solicitaria a liberação de ambos.

“Vamos acusar várias pessoas por fatos diferentes pela prova documental, assim como por associação criminosa. A investigação ainda está aberta. O senhor Ronaldo de Assis Moreira, mais conhecido como Ronaldinho, forneceu vários dados relevantes para a investigação e eles foram beneficiados com uma saída processual que estará a cargo do Juizado Penal de Garantias”, disse Delfino, sobre o pedido do Ministério Público para deixar livre do processo os ex-jogadores.

Delfino explicou que essa decisão permite que o ex-jogador deixe o caso, mas com a condição de admitir a prática do crime que foi acusado, sendo neste caso o uso de documentos de conteúdo falso. “Eles foram surpreendidos em boa-fé”.

“É a aplicação da figura do critério de oportunidade com a admissão correspondente do fato por eles, bem como de uma reparação social que fica a critério do Tribunal de Garantias”, disse Delfino, sobre as condições para conceder a saída do caso para Ronaldinho.

“Considerando que essas pessoas foram surpreendidas de boa-fé por terem documentos apócrifos paraguaios de conteúdo falso e com os dados que contribuíram para a investigação e que estão sendo muito úteis para atrapalhar essa quadrilha criminosa dedicada à produção de documentos falsos, solicitamos a liberação”, disse o promotor.

Por outro lado, foram imputados o empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lima e as paraguaias María Isabel Galloso e Esperanza Apolonia Caballero. Em nome das duas mulheres que habitam um dos bairros mais pobres de Assunção, foram emitidos passaportes, que mais tarde foram adulterados para acrescentar os dados de Ronaldinho e seu irmão.

A Procuradoria solicitou a prisão preventiva de Sousa Lira, que é acusado especificamente pela produção de documentos falsos, entre outros crimes. Há também pessoas e funcionários públicos na mira do MP paraguaio.

Fonte: Metrópoles

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