Salvador vai sediar XVIII Simpósio Nacional de Reprodução Humana, nos dias 20 e 21 de setembro

Foto: Reprodução
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Como o ginecologista pode ajudar o casal infértil? Falência ovariana precoce; miomas na mulher infértil; diagnóstico genético pré-implantacional; congelamento de óvulos para preservação da fertilidade; aborto espontâneo recorrente e tratamento cirúrgico para a endometriose. Esses são alguns dos importantes temas que serão abordados no XVIII Simpósio Nacional de Reprodução Humana, promovido pela Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e pela Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia (Sogiba), nos dias 20 e 21 de setembro, na sede da ABM – Associação Bahiana de Medicina, em Ondina.

O Simpósio, que tem como presidente o ginecologista baiano e especialista em Reprodução Humana, Joaquim Lopes, vai reunir especialistas de Brasil e do exterior para abordar temas importantes da área. Dentre os conferencistas convidados, os médicos Carlos Tantini (Itália), Vinicius Medina Lopes (DF), Nilka Donadio (SP) e Paulo Gallo (RJ). Informações e inscrições no site http://www.abmeventos.org.br

Nos dias atuais, muitas mulheres têm seu primeiro filho após os trinta anos. A mulher moderna tem cada dia mais adiado a maternidade para investir na sua formação e carreira profissional, buscar estabilidade financeira antes de ter filhos ou até mesmo por ainda não ter encontrado o parceiro ideal.
O grande problema é que quando muitas mulheres resolvem ter filhos a fertilidade delas já entrou em declínio já que a idade é um dos fatores naturais que mais afetam a capacidade reprodutora feminina. O congelamento de óvulos possibilita que as mulheres adiem a gestação e ainda que engravidem utilizando os próprios gametas até mesmo depois da menopausa.

Para preservar a fertilidade feminina, a técnica de vitrificação, considerada eficaz e segura, é uma das que apresenta os melhores resultados. O método de vitrifcação permite o ultrarresfriamento dos óvulos em baixíssima temperatura (-196ºC) e de forma muito rápida, preservando a sua qualidade no ato do descongelamento ou desvitrificação para fertilização em seguida.
Considerado um método mais avançado de criopreservação, a vitrificação proporciona taxas de gestação altas, uma vez que o procedimento conserva as características, a idade e a qualidade dos gametas femininos. Durante o processo de congelamento, os óvulos são desidratados e tratados com substâncias crioprotetoras antes de serem congelados.

A técnica também é indicada para mulheres submetidas à quimio ou radioterapia para tratamento de determinados tipos de câncer, pois esses tratamentos podem comprometer sua fertilidade por diminuição importante da quantidade de óvulos.

Cerca de 15 % da população brasileira em idade fértil é afetada pela infertilidade conjugal, caracterizada pela ausência de gravidez em um casal com vida sexual ativa e que não usa medidas anticonceptivas por um período de um ou mais anos. Cerca de 40% dos casos de infertilidade de um casal são atribuídos à mulher, 40 % aos homens e em 20% dos casos o problema é resultado de uma combinação de fatores em ambos os parceiros ou de causas inexplicadas.

É importante saber que uma mulher com menos de 30 anos pode esperar até dois anos para que aconteça a gravidez. Caso a mulher tenha mais de 30 anos não deve aguardar mais que um ano para iniciar uma investigação com o especialista. Se atingiu 35 anos, o prazo de espera não deve ultrapassar seis meses. Após os 40 anos se a mulher deseja engravidar deve, de imediato, iniciar a investigação da sua capacidade fértil.

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