Os acidentes de trânsito envolvendo motocicletas continuam liderando as ocorrências atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), em Feira de Santana. No ano de 2022 foram registradas 1.176 chamados e somente até o dia 23 de janeiro de 2023 45 chamados relacionados a acidentes de moto foram realizados no município, equivalendo a mais de um por dia somente em janeiro deste ano.
Segundo a coordenadora do SAMU, Maisa Macêdo, é necessário discutir medidas para existir redução de acidentes de veículos duas rodas em Feira de Santana. “No ano de 2022 foram registrados 1175 atendimentos do SAMU envolvendo acidentes de motos, é necessário que aconteça uma reflexão e os condutores tenham mais atenção e cuidado com a sua vida e com a vida do outro”, pondera Maísa.
Ainda segundo Maísa, é necessário que as instituições se organizem com medidas educativas, mas associadas a medidas punitivas, já que o indivíduo não está tendo cuidado com a sua vida as instituições precisam chegar mais próximo à sociedade para que a gente preserve essas vidas. “São inúmeros casos de pessoas jovens que ficam com sequelas temporárias e permanentes devido a acidentes com motocicletas, existem casos de pessoas ficarem acamados pelo resto da vida. Vale uma reflexão porque esses acidentes afetam a vida social, familiar e muitas vezes acaba fazendo com que esse indivíduo não exerça mais as suas atividades profissionais”, pontua.
Em relação à prioridade nos chamados relacionados a esse tipo de acidente, a coordenadora informou que quando o chamado chega para o SAMU, através do número 192, ele é classificado de acordo com risco que oferece ao indivíduo e a partir daí é encaminhada uma equipe adequada para cada situação. “O profissional vai se preparar para levar um atendimento específico para cada ocorrência, com medicação e equipamento adequado para cada caso e encaminhar esse paciente para a unidade específica conforme o quadro clínico apresentado”, destaca.
Em relação a pacientes liberados no mesmo local em que aconteceu o acidente, Maísa informou que isso pode acontecer, mas não é comum. “A grande maioria dos pacientes é removido para alguma unidade de referência, vale salientar que quando você tem um acidente. Pacientes que apresentam algum trauma, as consequências não ficam limitadas aquele espaço que aconteceu o acidente, essas pessoas precisam de uma Unidade de Saúde e em alguns casos precisam até de centro cirúrgico, UTI, por isso, cada caso é avaliado somente quando a equipe chega no local e verifica casa situação.