O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Feira de Santana está completando 11. A data está sendo comemorada com diversas atividades que tiveram início logo pela manhã, com um culto ecumênico e um café servido para os funcionários do serviço que é de grande valia, mas apresenta limitações.
Em entrevista ao Olá Bahia, a coordenadora do Samu em Feira de Santana, Maísa Macedo, falou sobre os principais entraves do serviço na cidade. “As principais dificuldades do serviço envolve a questão da rede de referência. Na maioria das vezes, nossas equipes acabam ficando presas no hospital de referência, não estando disponíveis para novas ocorrências”, disse.
Para Maísa, é necessária uma “reorganização do fluxo na rede de serviços” para resolver o problema que o Samu tentou amenizar cedendo macas ao Hospital Geral Cleriston Andrade (HCGA). “Já dialogamos diversas vezes com a direção do Clériston na perspectiva de criar alternativas de melhorar esse fluxo. Colocamos lá cinco macas para acolher esses pacientes que o Samu referencia para o HGCA, porém não dá conta pelo volume que é muito grande. É necessária uma reorganização do fluxo na rede de serviços”, disse.
Atuando com o mesmo número de veículos desde a implantação do serviço na cidade, o Samu em Feira de Santana conta com seis ambulâncias: uma unidade de suporte avançado, que é a UTI Móvel, e cinco unidades de suporte básico. De acordo com a coordenadora, esta é outra debilidade do serviço na cidade.
“Não houve ampliação da frota. Essa é outra fragilidade que nós temos. A perspectiva de aumento da frota é com a regionalização. Regionalizando aumenta o número de ambulâncias em Feira de Santana”, afirma Maísa. Sobre este aspecto, ela afirma que “não há uma data fixa para a regionalização, porém observa-se uma reorganização por parte dos municípios e também o envolvimento de outras instâncias, tanto do estado, quanto do Ministério da Saúde, como também do Ministério Publico Estadual na perspectiva de agilizar esse processo”.
O Samu em Feira de Santana recebe uma média de 200 chamadas diariamente. 173 funcionários entre enfermeiros, médicos, técnicos em enfermagem, condutores, operadores de rádio e auxiliares de regulação – pessoas que atendem o telefone 192 compõem o quadro do serviço na cidade.