No dia em que milhares de vaqueiros tomaram Brasília, para protestar contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de extinguir a vaquejada,
A Secretaria da Agricultura do Estado (Seagri) posicionou-se oficialmente, ontem (25), a favor da manutenção das vaquejadas. O titular da Seagri, o secretário Vítor Bonfim baseia a defesa da vaquejada no argumento de que a atividade é responsável pela geração de divisas no estado, que ocupa a primeira posição no ranking nacional de criação de equídeos (cavalos, mulas, jumentos).
Segundo dados citados pela Seagri, a Associação Baiana de Vaquejada estima que mais de quatro mil eventos do tipo são realizados no estado, anualmente, o que gera uma receita de cerca de R$ 800 milhões, além de fomentar, aproximadamente, 720 mil empregos. O secretário frisa que é preciso, sim, discutir sobre a questão dos maus-tratos aos animais, mas pondera a necessidade de se encontrar uma saída que não seja a proibição da atividade. “É preciso colocar na mesa qual a melhor forma de regulamentar a vaquejada”, afirmou Bonfim.
No último dia 6, o STF julgou inconstitucional uma lei do Ceará, que regulamentava a prática naquele estado, por considerar a atividade como maus-tratos aos bovinos. No estado da Bahia, a vaquejada é regulamentada como prática cultural, desde o ano passado, por meio da Lei 13.454.