Supremo abre ação penal contra Eduardo Cunha

Rompimento com o governo foi motivado pela acusação de que ele teria recebido US$ 5 milhões em propina para viabilizar um contrato da Petrobras. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Rompimento com o governo foi motivado pela acusação de que ele teria recebido US$ 5 milhões em propina para viabilizar um contrato da Petrobras. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (3) abrir ação penal contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a ex-deputada federal e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida, pelos crimes de corrupção.

Com a decisão, Cunha passa à condição de primeiro réu nas investigações da Operação Lava Jato que tramitam na Corte. A votação, que começou na sessão de ontem (2), foi unânime (10 votos a 0) quanto às acusações contra o presidente da Câmara.

Os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, além de votar pelo recebimento da denúncia contra Cunha, votaram pela rejeição da denúncia contra Solange Almeida (8 votos a 2).

Seguiram o relator, Teori Zavascki, pelo recebimento das acusações conta Cunha os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.

A partir de agora, o processo criminal contra Cunha e a prefeita de Rio Bonito, que é aliada do presidente da Câmara, passa para fase de oitivas de testemunhas de defesa e de acusação. Não há data para que a ação penal seja julgada, quando será decidido se o parlamentar e Solange Almeida serão condenados e presos. O ministro Luiz Fux não participou da votação porque está em viagem oficial a Portugal.

*Agência Brasil

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