Supremo divulga delação de donos da JBS; material tem cerca de 2 mil páginas

BRASÍLIA, DF - 01.12.2016: RENAN-DENÚNCIAS - O ministro Edson Fachin - O Supremo Tribunal Federal julga nesta quinta-feira (1º) denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2013 contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Se a denúncia for aceita, o parlamentar se tornará réu no Supremo. O relator do processo é o ministro Edson Fachin. (Foto: Renato Costa/FramePhoto/Folhapress)
BRASÍLIA, DF - 01.12.2016: RENAN-DENÚNCIAS - O ministro Edson Fachin - O Supremo Tribunal Federal julga nesta quinta-feira (1º) denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2013 contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Se a denúncia for aceita, o parlamentar se tornará réu no Supremo. O relator do processo é o ministro Edson Fachin. (Foto: Renato Costa/FramePhoto/Folhapress)

O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou na tarde desta sexta-feira (19) a íntegra da delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos do grupo JBS, controlador do frigorífico Friboi. A medida foi tomada após o ministro Edson Fachin homologar os depoimentos, firmados com a Procuradoria-Geral da República (PGR). São cerca de 2 mil páginas. As oitivas foram gravadas em vídeo.

Nesta quinta-feira (18), após retirar o sigilo dos depoimentos, o STF divulgou o áudio gravado pelo empresário Joesley Batista em uma reunião com o presidente Michel Temer. A prova faz parte da investigação que foi aberta contra o presidente na Suprema Corte. Também foram citados os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Zezé Perrella (PMDB-MG), além da ex-presidenta Dilma Rousseff e o ex-ministro Guido Mantega.

O áudio tem cerca de 40 minutos. Na conversa, Temer e Batista falam sobre o cenário político, os avanços na economia e também citam a situação do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que foi preso na Operação Lava Jato, por volta dos 11 minutos. Em pronunciamento na tarde desta quinta, o presidente afirmou que não vai renunciar ao cargo e exigiu uma investigação rápida na denúncia em que é citado, para que seja esclarecida. “Não renunciarei. Repito, não renunciarei”, afirma Temer.

Em seguida, em nota divulgada à imprensa, o Palácio do Planalto informou que o presidente não acreditou na veracidade das declarações de Joesley Batista referentes ao suborno de um juiz e um procurador. “O presidente Michel Temer não acreditou na veracidade das declarações. O empresário estava sendo objeto de inquérito e por isso parecia contar vantagem. O presidente não poderia crer que um juiz e um membro do Ministério Público estivessem sendo cooptados”, declara a assessoria do Palácio do Planalto. “A expectativa do governo é que o STF investigue e arquive o inquérito”, diz o comunicado.

Com informações da Agência Brasil.

 

Foto de capa: Renato Costa.

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